Por ANDRÉ SILVA
A morte no trânsito de uma mulher, ocorrida no início da tarde da última sexta-feira (20), reacendeu uma discussão entre os moradores da zona norte de Macapá: o não funcionamento de uma passarela em frente ao Conjunto Boné Azul.
Ao longo da rodovia, precisamente no perímetro urbano da zona norte de Macapá, foram construídas quatro passarelas elevadas, mas apenas duas estão abertas para uso. Entre as que nunca foram abertas está a que fica em frente ao Boné Azul, onde a mulher foi atropelada.
Segundo testemunhas do acidente, a vítima, que morava no vizinho Bairro Açaí, ia para o trabalho no conjunto, quando, ao tentar atravessar a pista, foi atingida por uma motocicleta. Ela morreu na hora.
Antônio Maciel, de 40 anos, mora há 20 no Boné Azul. Ele acredita que a tragédia de dona Lucidéia poderia ser evitada se houvesse outra alternativa para atravessar a pista. Segundo o morador, uma passarela foi colocada em frente ao conjunto a fim de promover segurança para a população, mas desde que foi construída, nunca foi usada.
“Isso, aí, é um questionamento que a gente faz há anos. Quantas e quantas vezes a gente não vai ver essa cena nessa faixa de pedestre? Todas as vezes pela manhã a gente ouve carro freando. Carro batendo na traseira de outro. Mais uma cena que a gente está vendo que poderia ter sido evitada se estivesse funcionando a passarela”, reclamou o morador.
Elenilson Vilhena de Aguiar, 47 anos, também é morador antigo do conjunto e concorda com o vizinho.
“Infelizmente, a passarela hoje se encontra inutilizável porque algum iluminado achou melhor fechar pra não trafegar transeunte nela. Eu acredito que tem que abrir essa passarela pra evitar tragédias como essa. Uma vida de uma mãe de família hoje foi ceifada, devido às autoridades não terem um olhar carinhoso sobre quem precisa de segurança para atravessar a BR”, protestou o morador.
O Departamento Nacional de Trânsito (DNIT) é o responsável pela estrutura.