“O amor é igual”, garante mãe adotiva em caminhada em Macapá

Evento reuniu famílias que decidiram adotar, garantindo com que crianças e adolescentes tenham no novo lar, um ambiente de amor e acolhimento.
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Por ANDRÉ SILVA

Uma caminhada que aconteceu pelas ruas do Centro de Macapá, na manhã deste sábado (28), lembrou e celebrou o Dia Nacional da Adoção, comemorado na última quarta-feira (25). O tema desperta o amor tanto de quem vivencia a maternidade/paternidade, como de quem vive à espera de alguém para amar e realizar o sonho de ter uma família.

A concentração da Sétima Caminhada da Adoção aconteceu na Praça Veiga Cabral e seguiu rumo à Beira Rio, passando pela principal rua do comércio da cidade. O evento reuniu pais e filhos adotivos e é realizado pela Sociedade de Apoio à Adoção, Tribunal de Justiça do Amapá, escolas e parceiros.

Ana Carolina Cruz é presidente da Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção, instituição que existe há oito anos. Ela disse que o grupo já ajudou mais de 70 famílias a passarem pelo processo de adoção. Atualmente, segundo ela, existem vinte e duas sendo acompanhadas pelo grupo.

Famílias caminharam pelo Centro de Macapá em alusão ao Dia Nacional da Adoção. Fotos: divulgação

Ana foi uma das idealizadoras do grupo, e disse que o desejo de ajudar famílias que estão passando pelo processo da adoção nasceu depois que vivenciou o tema. Ela e o marido decidiram adotar e hoje tem dois filhos, o Guilherme Manoel de 7 anos e a Ana Julia de 4 anos.

“Nós já tínhamos três filhos. Achávamos que a família estava completa, mas aí veio a vontade de aumentar um pouco mais. E vimos na adoção a solução para aumentar nossa família. Entramos nesse mundo e hoje em dia trabalhamos para que haja mais adoção”, disse.

A pequena Ana Julia de 4 Anos…

 

… e a mãe, Ana Carolina Cruz. Fotos: Márcia Cardoso

A criação do vínculo, segundo ela, é totalmente possível e a adoção é um meio usado pelo destino para fazer pessoas que deviam se conhecer se encontrarem na vida e assim formarem uma família.

“O amor é igual. A adoção só um meio diferente de chegar à família. É um encontro de destinos que tinham que se cruzar de alguma maneira um dia”, explicou Carolina.

Kezia Cordeiro, assistente social do Juizado da Infância de Macapá, disse que o apoio à caminhada é uma tentativa de levar o tema à população como um assunto que precisa ser apoiado por toda a sociedade.

“O intuito é garantir o direito da criança e do adolescente de ter uma família, ser cuidado e amado. Muitas crianças e adolescentes têm histórias de negligência, de violência, violação de direitos, ameaças… Por isso estamos aqui hoje”, destacou.

A assistente social garante ainda que o processo não é difícil. A pessoa que tem o interesse em adotar uma criança, ela explica, precisa se habilitar para ser inserido no cadastro de adoção. Esse processo reúne documentos do pretenso a adotar e o trâmite dura em torno de um ano.

“É praticamente o período da gestação. Quando é deferido o processo a pessoa já é inserida no Cadastro Nacional de Adoção e fica aguardando”, concluiu a assistente social.  

Seles Nafes
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