Obra abandonada do Creas preocupa moradores

Construção fica na zona norte de Macapá. Centro poderia atender famílias tanto do Parque dos Buritis como de bairros adjacentes.
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Por LEONARDO MELO

Um obra abandonada pela Prefeitura de Macapá tem gerado transtorno e medo para pessoas que moram ao redor do prédio inacabado, localizado no Bairro Parque dos Buritis, zona norte de Macapá.

O lugar, projetado para ser um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), está sendo usado, segundo moradores, como esconderijo de bandidos e usuários de droga. Além disso, materiais usados na obra estão sendo levados por ladrões ou depredados por vândalos.

A obra iniciada no fim de dezembro de 2019 foi interrompida durante o ano de 2020, em momento crítico da covid-19 no Amapá. Ela foi retomada ano passado, mas parou novamente meses depois.

O Creas é onde são atendidas famílias e pessoas que estão em situação de risco social, ou tiveram seus direitos violados. O público alvo seriam moradores do Parque dos Buritis e bairros adjacentes. O valor inicial da obra era de R$ 535 mil.

Paulo Ronaldo: “está se deteriorando com a ação do tempo, estão usando droga lá dentro e roubando alguns objetos de lá”

“Aqui, no nosso bairro, não é diferente dos outros. Temos muitas crianças e famílias que estão em situação de vulnerabilidade social. Esse Creas está fazendo muita falta pra gente. A obra começou na gestão passada, mas foi interrompida e depois voltou na gestão atual, e dois meses depois parou de novo. Nós estamos preocupados porque ele [o prédio] está se deteriorando com a ação do tempo, estão usando droga lá dentro e roubando alguns objetos de lá. Precisamos desse lugar funcionando”, disse o morador Paulo Ronaldo, da Associação Comunitária dos Moradores do Parque dos Buritis.

Obra foi inicialmente orçada em R$ 535 mil. Fotos: André Silva/SN

Obra está parada desde 2021

Medo

A moradora Lúcia Rabelo, de 45 anos, disse que sente muito medo de passar a noite pelo local.

“Muito escuro e a gente ouve uns barulhos lá por dentro. Eles podiam terminar logo essa obra, pra não ser mais um desperdício de dinheiro nosso”, protestou.

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da PMM, mas não obteve resposta.

Seles Nafes
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