Criança de 1 ano morre ao cair em tanque de peixes

Tragédia ocorreu na comunidade do Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá
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Por RODRIGO ÍNDIO

Uma criança de apenas 1 ano de idade morreu afogada na comunidade do Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá, no fim da tarde de terça-feira (21).

A localidade, a 30 km da zona norte da capital, é polo produtivo agrícola e de psicultura, por isso há nos terrenos muitas roças e tanques de criação de peixes para abastecimento do mercado macapaense.

E foi justamente num desses tanques de criação que a pequena Jerliane Silva de França caiu. Um parente da família da vítima, que acompanhou todo o caso e tentou até reanimar a criança, contou que o tanque foi construído em alvenaria, atrás da casa.

Ele contou que havia outras três crianças na casa e o pai tinha saído para trabalhar quando tudo ocorreu. A mãe tomava conta e após o almoço foi descansar. Ela, então, teria trancado as portas, mas as crianças maiores conseguiram destrancar, foi quando a pequena Jerliane saiu em direção ao tanque

“Mesmo pequena, ela já andava, e ela gostava de brincar perto desse tanque”, contou o parente da família.

Quando a mãe acordou, perguntou das crianças onde estava a caçula. Neste momento, ela correu para os fundos e enxergou a frauda boiando na água do tanque. A mulher gritou por socorro antes de mergulhar e retirar a criança.

“A gente ainda tentou reanimá-la. Ela tava com o pulso bem fraquinho, o coração batendo bem fraquinho”.

Pequena Jerliane teria caído num tanque como este. Fotos: Perfil da Comunidade no Facebook

Negligência

O parente da família contou que enquanto tentavam os procedimentos de primeiros socorros, foi feita uma ligação para o Samu. Contudo, segundo relato da fonte, a atendente informou que a localidade não é jurisdição do órgão, recusando-se a enviar uma equipe de socorro médico.

“Fui muito mal atendido, fiquei triste com a situação. Falei o que tinha ocorrido, falei que a criança ainda estava com sinais vitais. Ela falou ‘não é nossa jurisdição, não tem como a gente mandar uma ambulância daqui pra aí’. E mandou a gente pegar a criança e levar para o posto de saúde mais próximo. Eu expliquei que não tem ambulância nos postos de saúde próximos daqui. E ela falou: ‘você não conhece nenhum político que possa mandar uma ambulância pra aí’. Você já pensou uma situação dessa?”, indignou-se o entrevistado.

Ele contou que, em outra ligação, conseguiu contato com o Corpo de Bombeiros, que enviou uma ambulância. Os familiares encontraram com a equipe de socorristas na rodovia BR-210. A caminho do Hospital de Emergência (HE), o médico ainda iniciou intubar a criança, mas já era tarde.

O delegado Anderson Silva, plantonista do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Bairro Pacoval, acionou a Polícia Científica para fazer a remoção do corpo da criança no HE.

Seles Nafes
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