Declaração de apoio a Jaime gera crise no PSC

Da Lua e o Ivone Chagas durante acordo, supostamente desrespeitado
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Por SELES NAFES

A presidente quer, mas dirigentes e pré-candidatos, não. O apoio ao vice-governador e pré-candidato ao governo, Jaime Nunes (PSD), casou uma crise dentro do PSC do Amapá, a ponto de filiados divulgarem uma espécie de desmentido contra a presidente, Ivone Chagas.

O estopim da crise foi uma entrevista que ela deu ao jornalista Carlos Lobato, do Tribuna da Cidade (101 FM), informando que o partido apoiará o vice-governador. 

Em nota divulgada no fim da manhã desta quinta-feira (23), 17 dirigentes e pré-candidatos a deputados estaduais e federais rechaçaram a declaração da presidente, entre eles o ex-deputado estadual e suplente de federal, Pedro Da Lua. Ela assegura que a afirmação contraria um acordo feito em março deste ano, quando Da Lua abriu mão de comandar o partido. 

No acordo, Da Lua, que estava no exercício do mandato, concordou em indicar o vice e o secretário geral do partido, e ficou definido que a direção nacional participaria das tratativas sobre apoio na eleição majoritária do Amapá. Além disso, foi marcada a convenção para o dia 20 de julho.

Procurado, Da Lua disse no fim da manhã que a única decisão até agora é o apoio ao senador Davi Alcolumbre (UB).

“Enquanto o partido não chega a uma decisão sobre quem apoiar (ao governo), (ficou definido) que nós fizéssemos as nossas manifestações individuais, sem envolver a nossa agremiação. O partido deve acompanhar a candidatura do senador Davi Alcolumbre à reeleição, muito estranha a manifestação da presidente do partido. Não é bem assim como ela disse”, comentou.

A presidente do PSC ficou de retornar as ligações do Portal SN.

Abaixo, leia a nota na íntegra

NOTA À IMPRENSA

Nós, na condição de dirigentes e pré-candidatos do Partido Social Cristão (PSC), manifestamos nossa estranheza com a entrevista da presidente da legenda, Sra. Ivone Chagas, em programa de rádio local, acerca de uma suposta definição do partido sobre apoio na eleição ao governo do Estado e lançamento de candidatura própria ao Senado.

A fala contraria as tratativas feitas até a presente data que foram no sentido de o partido primeiro discutir internamente sobre a eleição majoritária e também aguardar um posicionamento da Direção Nacional, eis que recente decisão do TSE condiciona nos Estados as coligações feitas em nível de Brasil.

Ademais, em reunião ocorrida em março deste ano em Brasília, por orientação do Diretório Nacional, a gestão do partido foi compartilhada com o deputado federal da legenda, Pedro DaLua, que indicou a vice-presidência e a secretaria geral, e que tem entendimento diverso da presidente sobre os rumos que o partido deve tomar. Por isso mesmo, em nome do respeito que ele nutre pela atual presidente, definiu-se que a Direção Nacional participaria diretamente das tratativas de composição majoritária.

Como agremiação (na acepção mais ampla da palavra), o PSC é instituição colegiada e suas decisões sempre foram discutidos entre seus dirigentes, o que certamente continuará ocorrendo, para fortalecimento do partido.

Assinam esta nota
CINTIA BANDEIRA (Pré-candidata)
NEIDE KNB (Pré-candidata)
ROSINHA (Pré-candidata)
VALDA FURACÃO (Pré-candidata)
SOCORRO BATISTA (Pré-candidata)
MIRIAM COSTA (Pré-candidata)
PEDRO DALUA (Deputado Federal e pré-candidato)
ZEZINHO TUPINAMBÁ (Deputado Estadual, Vice-presidente do PSC e pré-candidato)
RENIVALDO COSTA (Secretário Geral e pré-candidato)
GIBSON SENA (Pré-candidato)
ALEXANDRE MIRANDA (Pré-candidato)
ERLIS KARIPUNAS (Pré-candidato)
JACK SILVA (Pré-candidato)
JOSUÉ WETCH (Pré-candidato)
ORCIR FERNANDO (Pré-candidato)
SAMUEL JARDIM (Pré-candidato)
FRANCIMAR DO CREDIÁRIO (Pré-candidato)

Seles Nafes
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