Dono de clube de tiro responsabiliza filho por crimes investigados em operação

Segundo ele, filho está desligado da empresa há dois anos. Investigações começaram há um ano e três meses.
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Por ANDRÉ SILVA 

O dono do clube de tiro que teve a empresa como alvo da operação da Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (23), afirmou que declarações do delegado sobre o caso são irresponsáveis. Ele afirmou que nem ele e nem o advogado da empresa ainda conhecem as acusações.

Marcos Lima afirmou ao Portal SN que o investigado pela operação é o filho dele, de 24 anos, que mora em Ananindeua (PA). Ele disse que o filho chegou a trabalhar na empresa, mas há dois anos foi desligado da diretoria. Ele não explicou o motivo.

O empresário, que também é proprietário de uma escola de formação de vigilantes com o mesmo nome do clube de tiros alvo da operação, afirmou que não tem ideia das supostas atividades ilícitas do filho. Declarou que, como qualquer pai que zela pelo futuro do filho, investiu em formação dele nas melhores escolas da cidade, e que não entende o caminho que o rapaz tomou.

“Ele que está sendo investigado. Não tenho nada a ver com isso. As pessoas conhecem meu filho e estão ligando meu filho a mim, que não tenho nada a ver. O delegado diz que está investigando há um ano e pouco e não sabe pedir nenhuma documentação para saber se ele faz parte do quadro social da empresa. No mínimo, ele tinha que fazer isso antes de fazer um pronunciamento desse”, protestou o empresário.

Marcos Lima, dono do clube de tiros

Ele mostrou documentos para comprovariam que o filho não faz mais parte do quadro de sócios e nem de diretores do clube de tiros. Veja: 

ATA DA ASSEMBELAI GERAL

ESTATUTO SOCIAL

CARTA DE RENÚNCIA

Disse que não sabe nem do que se trata a operação e nem de que crimes a empresa está sendo acusada. Mais cedo, a polícia divulgou que o clube de tiros fornecia endereços de clientes a assaltantes.

“Eu nem consegui acesso ao processo porque ele corre em sigilo. Já pensou? E o delegado vai lá e faz um pronunciamento onde eu não consigo nem ter acesso ao processo. O clube não tem nada a ver com isso. Ele está vinculando uma situação ao clube. Está ligando meu filho ao clube, ou seja, jogando meu nome na lama”.

Marcos Lima adiantou que vai pedir acesso ao inquérito.

Operação cumpriu 27 mandados…

.. de prisão e de…

… busca e apreensão…

… em locais ligados ao grupo criminoso

A Operação Stopping Power foi deflagrada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Foram cumpridos 27 mandados, sendo 14 de busca e apreensão, 13 de prisão preventiva e 1 de sequestro de bem. Diversas contas bancárias foram bloqueadas.

As ações ocorreram em Macapá e Vitória do Jari, no Amapá, e em Ananindeua e Santarém, no Pará, onde os principais líderes foram presos.

À imprensa, o responsável pela investigação, delegado Estéfano Santos, disse que um dos integrantes do grupo criminoso é sócio de um clube de tiro de Macapá e, além de realizar o comércio ilegal de armas de fogo, também passava os endereços de clientes do clube a integrantes da organização. 

Seles Nafes
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