Pai dança com filha autista e emociona público em festa junina

O gesto que emocionou o público aconteceu na quadra da Escola Jesus de Nazaré, na região central de Macapá, e ganhou as redes sociais.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Ajudar os filhos a superar um desafio pode envolver as situações mais inusitadas. Em Macapá, um pai decidiu ajudar a filha autista (grau leve) de uma maneira emocionante durante a apresentação dela como miss caipira. Ele entrou na área de apresentação e dançou com ela para que a criança se sentisse segura.

O gesto, que emocionou o público, aconteceu na noite de sexta-feira (10) na quadra da Escola Jesus de Nazaré e ganhou as redes sociais.

A pequena Sophia Wind Machado dos Santos, de 8 anos, estava ansiosa para se apresentar na festa junina, onde representaria a turma A do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Escola Municipal Rondônia.

Porém, na ‘hora h’, a criança ficou nervosa e retraída. Foi, então, que o agente de portaria Francy Wind dos Santos, de 44 anos, entrou em cena. Ele dançou junto com a filha, num ato de amor que busca valorizar a inclusão.

“Na verdade, era pra ela se apresentar sozinha, mas na hora estava insegura e pediu pra eu dançar com ela, foi espontâneo. Sou quadrilheiro de coração, e de todas as experiências que já senti, aquele momento que observei o sorriso da minha filha foi único, sem explicação”, lembra.

Ele acredita que o gesto significou muito para sua filha e que com a repercussão pode inspirar e conscientizar mais as pessoas.

“Ver as pessoas se emocionando foi saber que a mensagem chegou aos seus corações, e, isso mostra que mesmo com qualquer dificuldade ou obstáculos todos somos capazes de fazer qualquer coisa”, acrescentou Francy Wind.

Filha estava insegura, mas pai entrou em cena para incentivar o desfile da miss. Fotos: Divulgação

Pequena Sophia Wind Machado dos Santos, de 8 anos, estava ansiosa para se apresentar na festa junina

Orgulho: família agradeceu ao apoio da escola pela inclusão

Ele escolheu a música “O amor vem do Azul” e ensaiou a filha para interagir com o público. Já sua esposa Kátia Machado teve a ideia de confeccionar o traje com peças de um quebra-cabeça em diferentes cores, que representam a diversidade de pessoas e famílias que convivem com o Espectro Autista.

Os pais afirmaram que, apesar dos desafios diários, sempre lutam por políticas públicas voltadas para esse público. Eles agradeceram o corpo docente da escola Rondônia pelos cuidados com sua filha.

Seles Nafes
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