‘Por amor’, diz família que alimenta cachorros de rua

Dona Alaíde e seu Antônio começaram a alimentar dois cachorros. De repente, apareceram outros e lá se vão três anos do gesto solidário
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Por ANDRÉ SILVA

Alaíde do Rosário de 53 anos e o marido dela, o autônomo Antônio Moraes de 50 anos, chamaram atenção dos vizinhos quando há 3 anos decidiram alimentar os cachorros de rua que vivem perto de onde moram, no bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá. O casal diz praticar o gesto por amor. Assista: 

Dona Alaíde é professora e lembra que começou a fazer a caridade antes da pandemia e por acaso.

“Começou com o cachorro aqui do vizinho. A gente chama ele de Brotinho. Tinha ele e outra cachorra. Vinham aqui pra frente de casa e notamos que tinham fome e aí começamos a alimentá-los. De repente foram aparecendo outros”, contou a professora.

Animais são alimentados…

 

… pelo casal dona Alaíde e seu Antônio. Fotos: André Silva/SN

A professora disse que não demorou muito para aparecerem mais cachorros. Todos os dias, às 18h em ponto, eles surgem. No momento da reportagem foi possível contar oito animais.

Alaíde diz que faz a comida logo cedo pela manhã, e no final da tarde prepara os recipientes e serve. A professora diz que não tem confusão, cada um come o seu e sai.

Comida é preparada cedo…

 

… e logo chama atenção dos animais de rua

Ao perguntar se a atitude incomoda os vizinhos, por causa do grande número de cachorros, o marido dela responde que não.

“Eles fazem é gostar, traz até um pouco mais de segurança pra gente. Alguns chegam a ajudar com resto de comida, pedaços de frango. Ninguém encosta aqui à noite”, garantiu o autônomo.

Casal diz fazer o que pode pelos cães de rua

Antônio também disse que sempre que aparece um cachorro machucado compra medicação e cuida.

“A gente faz o que pode, né. Dá vacina, compra remédio, cuida. Não dá pra fazer muito, mas o que dá a gente faz”, disse o autônomo.

A microempresária Noemia Lopes, de 61 anos, tem um bazar de roupas usadas próximo à casa do casal e disse que testemunha o mesmo episódio todos os dias.

“Eu acho muito bacana isso. Se eu pudesse ajudava também. Aqui em casa tenho três. Todo dia é sagrado, eles sempre estão aí. Cuidam, dão remédio. São boas pessoa”, garantiu a vizinha.

Seles Nafes
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