Com a menor cobertura do Brasil, Amapá busca avanço vacinal

Amapá tem as menores taxas de cobertura vacinal de todo Brasil
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Por ANDRÉ SILVA

No Amapá, apenas 62,29% das crianças estão protegidas do sarampo. Esta ainda não é a cobertura vacinal desejada tanto pelo Programa Nacional de Imunização quanto pelo Governo do estado, que atualmente tem enfrentado o surto da doença desde 2021.

Por isto, nesta quarta-feira (27), Técnicos da vigilância em saúde do estado e representantes do governo federal estiveram reunidos discutindo estratégias para alcançar melhores níveis de imunização.

Não só o Amapá, como todo Brasil, já enfrentava, desde 2013, esse problema na cobertura vacinal, que foi agravado nos últimos dois anos devido à pandemia de covid-19, onde muitas crianças deixaram de ser vacinadas devido às regras de imunização.

Para criar estratégias de fortalecimento na cobertura vacinal, a Fiocruz criou o projeto Pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais, que foi abraçado por vários estados da federação.

A edição do projeto aconteceu nesta quarta-feira (27), no auditório da Universidade Federal do Amapá, em Macapá.

Para o assessor científico sênior de Bio Manguinhos/Fiocruz, Akira Homma, a solução para um maior cobertura vacinal está em trabalhar desde a ponta do sistema, de onde são aplicadas as vacinas. Ele disse que muitos municípios tem problemas financeiros e de pessoal para que o programa de vacinação seja aplicado de forma relevante e eficiente.

Evento reuniu técnicos do Estado e municípios

Ele disse também, que a falta de informação para a população quanto a importância da imunização, ainda caminha de forma muito capenga na maioria dos municípios e que as Unidades Básicas de Saúde, tem um papel fundamental nesse processo, mas que eles precisam receber a estrutura necessária para esse fim.

“Eu acho que está faltando essa valorização na ação de prevenção das doenças. E não é só aqui no Amapá é no Brasil Inteiro, mas no Amapá está mais baixa a cobertura vacinal, tem mais casos de sarampo. Então eu penso que trabalhando na ponta a gente tem toda a possiblidade de vencer essa baixa cobertura vacinal”, afirmou Homma.

A Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Margarete Gomes, garantiu no evento, total apoio aos municípios que necessitarem de recursos para alcançarem a cobertura vacinal desejada. Ela reconheceu que o trabalho deve ser feito de forma conjunta envolvo a sociedade.

“A gente precisa convencer a sociedade que essa conquista é para todos nós e que todos precisam estar engajados”, disse a superintendente.

Assessor científico sênior de Bio Manguinhos/Fiocruz, Akira Homma

A iniciativa foi coordenada pelo Programa Nacional de Imunizações do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (PNI/DEIDT/SVS), pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (BioManguinhos/Fiocruz) e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Seles Nafes
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