CSA assume saneamento do Amapá com promessa de investir R$ 3 bi

Nova concessionária da agora extinta Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).
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Por RODRIGO ÍNDIO

Iniciaram nesta quarta-feira (13) os serviços de tratamento de água e coleta de esgoto do estado executados pela nova Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA).

A nova empresa, formada pelo Grupo Equatorial e pela Sam Ambiental, detém o direito de concessão destes serviços pelos próximos 35 anos.

O diretor-presidente da CSA, o engenheiro civil José Ailton Rodrigues, que é mestre em eficiência energética e sustentabilidade na área de saneamento, conversou com o Portal SelesNafes.com.

Com atuação no setor há mais de 23 anos e experiência nas cinco Regiões do Brasil, ele falou sobre o início das operações técnicas e as próximas etapas de investimentos nos serviços que antes eram administrados pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) – estatal agora extinta. Acompanhe:

Diretores falaram com a imprensa sobre os investimentos. Foto: Ascom/CSA

Em quais condições a CSA assume a antiga Caesa?

Como é sabido, o sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Amapá carece de grandes investimentos, isso, inclusive, que viabilizou a concessão do estado. E a concessionaria CSA, a partir de hoje, assume esse grande desafio. Vamos buscar o melhor serviço.

Antes de assumir, houve um período de transição?

O processo licitatório que foi concluído com o leilão executado na B3 no início de setembro [de 2021] até o fim do ano, foi o momento de constituição da CSA para que no final de dezembro ocorresse a assinatura do contrato. Tão logo foi assinado o contrato, iniciou-se o período de transição, em janeiro, e sendo concluído no dia de ontem [12 de julho], ou seja, teve um período de transição de 180 dias.

Diretor-presidente da CSA, o engenheiro civil José Ailton Rodrigues. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Quais tipos de problemas terão que ser resolvidos?

Inicialmente, nós temos que trabalhar para garantir uma qualidade de água que atenda todos os padrões de potabilidade. E, além disso, temos que trabalhar para reduzir e eliminar, a médio prazo, as constantes interrupções no sistema de abastecimento de água. E buscar a médio e longo prazo a universalização, ou seja, que a população tenha, das cidades do Amapá, da área urbana dos 16 municípios, que tenha 99% de abastecimento de água e 90% de coleta de esgoto.

Quantos por cento é a cobertura de saneamento e de distribuição de água tratada no Amapá?

Hoje, o estado conta com aproximadamente 36% a 38% de cobertura de abastecimento de água e de 5% a 7% de cobertura do sistema de esgotamento sanitário. 

Em quantos por cento se pretende chegar até a metade da concessão, que é de 35 anos?

As metas da concessão do sistema de água nós temos o desafio de, em 11 anos, os 16 munícipios tenham 99% universalizado com sistema de água, e o sistema de esgotamento sanitário, em 17 anos, todos os municípios terão 90% de cobertura.

José Ailton Rodrigues: Ao longo de 35 anos serão investidos próximo de R$ 3 bilhões

Quais os investimentos em real (R$) que a CSA vai aplicar na rede de tratamento e água e esgoto e distribuição de água tratada no Amapá nos próximos anos?

Ao longo de 35 anos serão investidos próximo de R$ 3 bilhões em ampliação e melhoria no sistema de abastecimento de água e ampliação e melhoria no sistema de esgotamento sanitário.

A mão de obra local foi valorizada nesse período?

Priorizamos desde o primeiro momento a contratação da mão de obra local, inclusive, praticamente todos os nossos profissionais das cidades do interior são das próprias cidades.

Seles Nafes
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