Furlan tenta reduzir tensão com judiciário e diz que “confia no TRE”

Prefeito de Macapá tinha dito que operação da PF, MPF e justiça eleitoral foi arquitetada pelo senador Davi Alcolumbre para neutralizar candidatura da primeira dama ao Senado
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Por SELES NAFES

Depois de levantar suspeitas sobre a atuação da Polícia Federal, Ministério Público Federal e do próprio Judiciário, o prefeito de Macapá, Dr Furlan (Cidadania), afirmou em suas redes sociais que confia na justiça eleitoral do Amapá. Foi uma maneira de baixar a tensão com o Judiciário, que reagiu fortemente depois do pronunciamento do prefeito. 

Ontem (29), horas depois da operação que cumpriu mandados na casa dele e da esposa Rayssa Furlan, candidata ao Senado, Furlan afirmou que a operação foi uma manobra arquitetada pelo senador Davi Alcolumbre (UB), supostamente incomodado com a candidatura da primeira dama ao Senado.

Num pronunciamento à imprensa, ele também acusou o juiz eleitoral Orlando Vasconcelos de ter pedido propina para que não emitisse os mandados solicitados pelo MPF, num inquérito que apura um esquema de compra de votos e intimidação de eleitores em 2020.

Além da residência de Furlan, mandados foram cumpridos no gabinete dele na prefeitura de Macapá e em endereços ligados à campanha de 2020. Logo após o pronunciamento, a cúpula do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também reuniu a imprensa para anunciar que exigirá provas das acusações de Furlan.

Post de Furlan em tom mais ameno

Um dos mandados foi cumprido no gabinete do prefeito. Foto: PF/Divulgação

Prefeito durante ataques à operação. Foto: Rodrigo Índio

E reação do TRE Foto: Seles Nafes

Numa tentativa de baixar a temperatura da crise, o prefeito voltou a falar do assunto nas redes, só que em tom mais ameno.

“Boa noite, pessoal. Disse de manhã e reitero novamente minha total confiança na justiça. Mesmo com o grupo político e suas práticas conhecidas tentando prejudicar nosso trabalho, acredito na idoneidade do TRE Amapá. Nosso lema sempre foi a verdade e seguiremos lutando por isso”, disse.

O Tribunal Regional Eleitoral afirmou ontem que na semana que vem fará uma sessão extraordinária para discutir e encaminhar o assunto para a Advocacia Geral da União (AGU), que irá interpelar o prefeito. Se as provas não forem apresentadas, afirmaram os desembargadores, Furlan poderá ser processado por denunciação caluniosa. O

senador Davi Alcolumbre também divulgou nota dizendo que ninguém manda no MPF, PF ou no TRE, e que faltou serenidade ao prefeito, acrescentando que buscará reparações judiciais.

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