Por RODRIGO ÍNDIO
O médico Jailson de Amorim Mariano, de 32 anos, segue em coma induzido na UTI do Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal) após ser espancado a pauladas na noite do último domingo (24), quando retornava de um passeio com a família da comunidade de Lontra da Pedreira, na zona rural de Macapá.
De acordo com o diretor clínico do Hcal, o médico Adenilson Almeida, trata-se de um paciente grave, porém estável. Ontem (25), Jailson foi submetido a um cateter, procedimento para monitoramento da pressão intracraniana (PIC). Ele sofreu muitas pancadas na cabeça.
O procedimento foi realizado por um neurocirurgião para fornecer informações importantes que precedem o aparecimento de sinais e sintomas de ‘descompensação do paciente neurocrítico’, permitindo ações mais precoces e eficazes.
“Graças a Deus a gente conseguiu esse procedimento e ele está estável. A pressão intercraniana dele estabilizou. Até o momento, segundo o neurocirurgião, Dr. Domingos, que fez o procedimento, não é cirúrgico”, comentou o Dr. Adenilson.
Segundo ele, o trauma que a vítima teve pelas pauladas, felizmente, não causou hemorragia.
O diretor clínico diz ainda que o Dr. Jailson está em medicação para diminuir o inchaço no cérebro para que não aumente a pressão intercraniana.

Dr. Jailson está em coma induzido. Fotos: Arquivo Familiar
“Ele diminuindo esse edema, a gente vai diminuindo a sedação dele para que ele possa voltar. Mas, assim, é um paciente grave, porém estável”, acrescentou.
Conforme os especialistas, por sorte ou intervenção divina, o médico não teve fratura de afundamento de crânio – que reduziria as chances dele sobreviver.
O caso teve grande repercussão. Até esta terça-feira (26), os autores da agressão não tinham sido localizados.
O crime é investigado pela Polícia Civil, que ainda não se posicionou sobre o caso.