Por RODRIGO ÍNDIO
A maior parte da nova estrutura do Hospital de Emergência de Macapá será administrada pela iniciativa privada, mas continuará sendo pública. A informação foi repassada pelo governador do Amapá Waldez Góes (PDT), nesta sexta-feira (1°), durante visita às obras.
Segundo ele, a decisão faz parte de uma remodelação de gestão em saúde. A medida vale tanto para o anexo do Pronto Socorro – que será entregue no próximo mês, quanto para o novo HE – que terá ordem de serviço no 2° semestre deste ano.
“Nós já temos experiência com a UPA da Zona Sul, que é um serviço de excelência, agora iniciamos a maternidade da Zona Norte também com essa concepção e já está em processo de contratação o funcionamento dessa segunda unidade, que é o anexo do HE, e o Hospital regional do Porto Grande”, comentou Góes.
A ideia é ter até o fim do ano quatro unidades de saúde funcionando com a gestão privada. Os editais referentes ao HE e ao Hospital de Porto Grande já foram lançados e estão em processo de seleção. O intuito é ter referência de trabalho para que a população possa avaliar o serviço.
“É necessário que a gente tenha experiências novas, às vezes a gente fica estagnado no tempo, com medo de mudança, inseguro com novos desafios, então o que eu estou proporcionando é esta oportunidade pra que nós, públicos e privados, possamos avaliar experiências novas de políticas públicas”, acrescentou.
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Davi e Waldez durante visita a área onde será construído o novo HE. Fotos: Rodrigo Índio/SN
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Laboratório e outras áreas do hospital serão privatizadas
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Área de antiga vila militar doada pelo Exército já foi limpa
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Anexo deve desafogar atendimento até agosto
Acompanhado do senador Davi Alcolumbre (UB), Waldez fez visita técnica na área onde será construído o novo Hospital de Emergência, no Centro de Macapá. O terreno, que abrigava uma vila militar, foi doado pelo Exército durante diálogo conduzido pelo senador.
Para o GEA, o projeto é considerado a maior obra de saúde do estado. Os recursos, de R$ 120 milhões de emendas parlamentares, foram articulados pelo senador Davi. Com a ampliação de 100% no número de leitos, serão 380 leitos na estrutura total.
“Há pelo menos duas décadas o estado do Amapá solicita do Exército Brasileiro essa área de 11 mil m² e nobre. Foi uma luta muito grande. Agora faremos essa ampliação tão sonhada pelos amapaenses que necessitam de uma saúde pública de qualidade”, destacou Davi.
A previsão é de que novo hospital esteja funcionando até 2024, com previsão de dois anos de obras.