São Camilo desmente coordenação da Marcha para Jesus

Alcedir Rigelli disse que nunca foi procurado por ninguém da coordenação do evento para receber a jovem atropelada
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Por SELES NAFES

Depois de finalmente se posicionar a respeito da polêmica sobre o tratamento da jovem atropelada na Marcha para Jesus, o coordenador do evento foi desmentido, nesta sexta-feira (8), pela direção do Hospital São Camilo.

Criticado pela família e pela opinião pública por falta de apoio nos cuidados com a missionária Josimara Oliveira, de 36 anos, o pastor Mauro Oliveira procurou o Portal SN e assegurou que tentou conseguir um leito de UTI para ela no São Camilo. Contudo, a direção do hospital privado teria rejeitado a paciente.  

“Buscamos diversas articulações com a diretoria do São Camilo. Entramos em contato com os órgãos governamentais, inclusive diretamente com a Secult, inclusive diretamente com o seu secretário, para que pudéssemos articular a ida dela para o hospital. Não conseguimos porque o hospital se recusou a recebê-la. Disseram que, de acordo com a política deles, eles não aceitam pacientes no pós-cirúrgico pelo SUS. Só se fosse particular, que seria necessário um valor de calção muito alto, ou convênio”, afirmou o pastor.

A direção do São Camilo nega que tenha existido qualquer tratativa sobre a jovem.

“Não houve contato comigo sobre esse caso. Não tenho informações sobre a paciente. Acidente com pacientes politraumatizados não tem previsão no contrato (do hospital), não somos habilitados pelo SUS (para esse tipo de atendimento)”, comentou o diretor do hospital, Alcedir Rigelli.

Missionária está na UTI do HE

“A responsabilidade sobre o caso é dele. Quem organiza os eventos também assume as responsabilidades civil, criminal e obrigações sobre”, acrescentou. Josimara foi atropelada pelo trio elétrico da Marcha na noite do último sábado (2). Ela teve múltiplas fraturas na bacia, lesões nos rins, intestino e mutilação do órgão genital.

Família

O pastor Mauro Oliveira mostrou na reportagem recibos de compra de medicamentos para ajudar Josimara. A família também se posicionou sobre essas declarações do coordenador da Marcha.

“A ajuda é ínfima perto da gravidade da situação. Esses medicamentos básicos a gente consegue comprar. Desde o início a gente esperava que eles conseguissem um leito no São Camilo. Mas a estrutura na UTI do Hospital de Emergência é muito boa e acho que ela vai receber um tratamento que precisa. O que o evento poderia fazer o momento em que ela precisava, eles não fizeram. Conseguimos com o esforço do advogado e com a sensibilidade da Sesa. Não adianta falar que estão ajudando dessa forma ínfima”, comentou um parente de Josimara. 

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