Após operação da PF, promotor João Furlan é exonerado

Investigado por possíveis crimes eleitorais na campanha do irmão, o prefeito de Macapá Dr Furlan, o promotor ocupava a chefia de gabinete da PGJ
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Por SELES NAFES

O promotor de justiça João Paulo Furlan não é mais chefe de gabinete da Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá. Ele foi exonerado no dia da operação da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral, que teve como principal alvo o irmão dele, o prefeito de Macapá Dr Furlan (Cidadania).

A exoneração assinada pela procuradora geral Ivana Cei está com data de 29 de julho (sexta-feira), mas foi publicada apenas hoje (1º) no diário oficial do MP. Consta no documento que a exoneração ocorreu a pedido dele, mas com base num procedimento administrativo sigiloso.

O promotor também foi um dos alvos da operação que investiga um esquema de compra de votos na campanha do candidato Dr Furlan, em 2020.

Na sexta-feira, policiais federais, por ordem do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP), cumpriram 11 mandados de busca e apreensão no inquérito aberto a partir da abordagem do cabo eleitoral Gleisson Fonseca, no dia da votação da eleição de 2020. Ele foi flagrado pelos policiais com dinheiro, material de campanha e teve o celular apreendido.

João Furlan pediu exoneração do cargo de chefe de gabinete. Foto: MP/Divulgação

No aparelho, a PF encontrou diálogos entre o cabo eleitoral e o promotor que foram anexados como prova no inquérito que corre em segredo de justiça. João Paulo Furlan ajuizou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um habeas corpus com pedido de liminar onde solicita a anulação das provas.

Ele alega que, por ser membro do MP, a Procuradoria Geral deveria ter sido comunicada sobre a investigação, o que tornaria inválida toda a investigação. 

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