Com medicamentos vencidos e sem registro na Anvisa, farmácias são interditadas

Caso ocorreu no município de Porto Grande, a 100 km de Macapá.
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Duas farmácias foram interditadas pela Polícia Civil do Amapá na cidade de Porto Grande, a 100 km de Macapá, por venda de medicamentos irregulares, nesta quarta-feira (3).

As investigações começaram no dia 7 de julho, quando uma consumidora procurou a delegacia e relatou que havia comprado um antibiótico vencido.

De acordo com o delegado do caso, Bruno Braz, ao verificar a denúncia, os agentes constataram diversas irregularidades. Além de confirmar medicamentos vencidos, os policiais acharam outros com prazo de validade adulterados grosseiramente e, também, produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Quando a vítima falou para a proprietária das duas drogarias que iria na delegacia denunciá-la, essa imediatamente mandou as funcionárias retirarem todos os medicamentos irregulares das prateleiras e jogar no lixo, cobrindo com papel, conforme foram encontrados pelos policiais. Após orientá-las, fugiu para evitar ser presa em flagrante”, afirmou o delegado.

Produtos que foram achados escondidos no lixo, segundo a polícia. Fotos: Divulgação/PC

Policial mostra medicamento vencido retirado da prateleira

Segundo ele, em depoimento, as funcionárias relataram que eram orientadas a mentir para os clientes, a ‘empurrar’ a eles os medicamentos vencidos, dentre eles antibióticos, anticoncepcionais e outros.

“Diante dos fatos solicitamos a interdição dos estabelecimentos por tempo indeterminado, tendo o Ministério Público sido favorável e o Judiciário deferido”, complementou Braz.

Drogarias foram interditadas

A proprietária das drogarias e o farmacêutico, que não tiveram os nomes divulgados pelas autoridades, se isentaram de culpa nos depoimentos. Mesmo assim, foram indiciados por vender mercadoria em condições impróprias ao consumo e produto destinado a fim medicinal sem registro, sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização – crime considerado hediondo.

A polícia informou que acionou para atuar no caso a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá e o Conselho Regional de Farmácia (CRF-AP).

Seles Nafes
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