“Não precisa se matar estudando”, afirma aprovado em 12 concursos

Todo ano, novos candidatos decidem encarar a longa jornada de estudo até alcançar a vaga desejada.
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Por ANDRÉ SILVA

Dedicação e persistência são os elementos principais para quem quer passar em concursos públicos. É o que garante quem já está na estrada há muito tempo. Não são poucas as histórias de quem decidiu seguir essa jornada para alcançar a tão sonhada aprovação.

Atualmente, mais de 150 concursos públicos estão abertos em todo o Brasil, com um total de 17 mil vagas disponíveis. No Amapá, apenas o certame para os cargos de Auditor e Fiscal da Receita Estadual está com inscrições abertas.

A preparação para passar em um concurso como este pode durar meses ou até anos, depende da força de vontade e dedicação de cada um. É preciso, algumas vezes, abrir mão daquela saidinha com amigos.

Mas, o resultado para quem prefere seguir esse caminho é certo até o sucesso. É o que garante o professor Fabrício Araújo, de 44 anos.

Alunos do Curso Preparatório de Ricardo

Atualmente, ele é servidor federal e estadual. Fez mais de 20 concursos públicos e foi aprovado em 12. A primeira conquista ele lembra, veio em 1998, no primeiro que participou promovido pela Prefeitura de Santana, cidade distante 17 quilômetros de Macapá.

Fabrício, que é dono de um cursinho, diz que o segredo não é “se matar estudando”, mas dedicar um tempo para isso todos os dias. Ele aconselha que se deve começar aos poucos.

“Meia hora que o cara estude alguma coisa, resolva uma questão, ele já avança muito. E repetição, né. A preparação tem algumas fases. Aprender o assunto, depois resolver questões para mentalizar e revisar. Revisar é o essencial. Aprender, fazer exercícios, revisar e fazer o processo novamente”, ensina.

Ricardo Jardim Peixoto tem 44 anos. Desde 1998 faz concursos públicos. Para alcançar a vaga desejada foram muitas tentativas e erros até que o primeiro resultado chegou em 2000, quando passou para o concurso de recenseador do IBGE. O certame era voltado para vaga temporária, mas para o então jovem foi o fruto de dedicação.

“Naquela época – de 1998 a 2000 – eu fiz quatro concursos e na mesma época eu fiz vestibular, mas não passei. Nessa época, não tinha muito material disponível para estudar e a internet ainda era discada e não existia videoaula, como tem hoje”, lembra o estudante.

Ricardo: “a maioria não passa de primeira. Então, não desista”

Ricardo é do Rio Grande do Sul e foi lá que ele alcançou a segunda aprovação, desta vez, no concurso da Infraero, em 2004, mas só foi chamado para assumir o cargo em 2008. Em 2018, ano em que o aeroporto de lá foi privatizado, ele pediu transferência para o Amapá, onde decidiu retomar os estudos.

Até então já foram seis certames desde que voltou a estudar. Em um deles, do Ibama, ele está no cadastro reserva e tem grande chance de ser chamado. Para quem está começando a jornada, aconselha:

“Não desista. Algumas pessoas conseguem passar no primeiro concurso que fazem. Existem casos sim, mas a maioria não passa de primeira. Então não desista”, recomendou o concurseiro.

Seles Nafes
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