Policial penal investigado com nutricionista tem liberdade negada

Juíza avaliou que a liberdade de Dorielson Picanço coloca em risco a segurança dentro da penitenciária
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Por LEONARDO MELO

A justiça negou mais uma vez o pedido de liberdade do policial penal Dorielson Santos Picanço. Ele e uma nutricionista são suspeitos de participar de um esquema para a entrada de celulares, drogas e armas no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

A prisão preventiva dele foi decretada no dia 3 de março. Um mês antes, a nutricionista Letícia Kenya foi presa numa grande operação que terminou com a apreensão de drogas, 50 celulares e uma arma de fogo que chegaram junto com os alimentos dos presos.

Dorielson se apresentou no dia 30 de março, e cumpre prisão preventiva. A denúncia do Ministério Público do Estado foi recebida em junho, tornando o policial réu no processo.

O advogado Elias Reis alega que como o processo já andou, e até a audiência de instrução e julgamento já foi marcada, não há mais necessidade de o policial permanecer preso. A defesa também alega que nenhum fato criminoso novo foi mencionado, e que o policial é primário, tem residência fixa e é servidor há mais de 20 anos.

Além disso, o advogado alega que é estranho que outros dois policiais penais e o dono da empresa não tenham sido indiciados ou denunciados.

Ao analisar os argumentos, no entanto, a juíza Luciana Camargo, da 1ª Vara Criminal de Macapá, entendeu que a prisão é necessária para a preservação da ordem pública e da segurança dentro do presídio, já que o policial é apontado como colabora do esquema.

Momento em que carro de empresa de alimentos chega no Iapen com comida e celulares

“Uma vez solto, enseja o fundado risco de reiterar suas atividades naquele instituto penitenciário, o que possibilitaria a continuidade do esquema criminoso, colocando em risco todo o sistema carcerário do Estado. Isso demonstra que o estado de liberdade do requerente representa risco à ordem pública e que outras medidas diversas da prisão não são aplicáveis ao caso”.

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