Por RODRIGO ÍNDIO
Mais da metade dos profissionais da educação de Macapá paralisaram as atividades nas escolas. É o que garante a vice-presidente da executiva municipal do Sinsepeap na capital, Iara Marques.
Ela e dezenas de professores realizaram um ato público em frente ao novo prédio da Prefeitura de Macapá, na manhã desta quarta-feira (17), em busca de melhorias salariais e de carreira. A Rua Jovino Dinoá foi fechada.
Hoje é o 2° dia de ato, que segue ganhando adesão. Ontem, os manifestantes ocuparam o prédio da Câmara Municipal de Macapá pedindo a aprovação dos Projetos de Lei 06-2022-PMM e 07-2022-PMM.
Um trata da tabela do grupo magistério e o outro do piso municipal para os auxiliares educacionais. Para os PL’s serem aprovados estão pendentes dois pareceres: da Comissão Tributária, Orçamentária e Financeira (CTFO), presidida pelo vereador Alexandre Azevedo, que é base do prefeito Furlan, e da Comissão da Educação, liderada pelo vereador Gian do Nae.
“Então, estamos hoje, aqui, cobrando do prefeito Furlan para que ele faça essa articulação com a base dele, para que eles [os presidentes das comissões] emitam esses pareceres para ir posteriormente para o plenário para votação de todos os vereadores”, comentou Iara Marques.
De acordo com os manifestantes, o presidente da CMM, Marcelo Dias, sinalizou para a categoria que se os pareceres estiverem prontos, ele coloca os PL’s em uma reunião extraordinária.
“A tabela do grupo magistério, nós estamos cobrando da gestão desde o ano passado. Essa tabela trata do piso de 2020, um piso defasado, que foi pago para alguns servidores, não contemplou todo mundo, onde é necessário enquadrar todo mundo e publicar a tabela. Não negociamos o piso de 2022. Aceitamos e está atrasado o piso de 2020”, acrescentou Iara.
Segundo o Sinsepeap, a falta de tabela causa transtorno, sobretudo, para quem está em processo de aposentadoria e, por isso, não tem mais como esperar.
Até o momento, a gestão municipal não entrou em diálogo para solucionar o problema. Com isso, os trabalhadores cruzaram os braços.
“As aulas estão paralisadas. São dois dias de ato pela nossa valorização. Cansamos de não ter respostas”, concluiu Iara.