Por RODRIGO ÍNDIO
Um professor de 56 anos de idade foi indiciado por importunar e assediar sexualmente duas alunas de 15 anos de uma escola pública.
Segundo a polícia, ele oferecia melhores notas no boletim para as estudantes aceitarem as investidas amorosas. O professor não teve o nome divulgado pelas autoridades.
Os casos chegaram ao conhecimento da polícia através das famílias das vítimas e da coordenação pedagógica do estabelecimento de ensino.
De acordo com Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente no Amapá (Dercca), o educador lecionava a disciplina física na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida, na zona sul de Macapá. As duas adolescentes cursam o 1° ano do ensino médio.
As investigações, conduzidas pelo delegado Ronaldo Entringe, apontam que os crimes ocorreram em abril de 2022, em situações distintas. Em um dos casos, a aluna relatou que se sentia incomodada porque o professor tocava em seu quadril e sua barriga, oferecendo notas melhores, segundo a apuração policial.
No outro caso, o professor dizia que a aluna tinha tirado nota 6 e que poderia melhorar a nota dela. Mas, que para isso ocorresse, só dependia dela fazer algo em troca por ele, no sentido sexual. De acordo com a polícia, ele dizia isso fazendo elogios e tocando o corpo da adolescente.
“Ele usava a condição de professor para satisfazer seu libido”, completou o delegado.
Ambas se sentiram constrangidas e relataram o acontecimento para os pais, que denunciaram o caso na Dercca.
A coordenadora da escola foi à delegacia e disse que ouviu o relato das meninas. O professor negou a acusações.
Segundo Entringe, o professor foi afastado da função. O inquérito foi concluído e será remetido ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia ou não à Justiça.
Outros casos
O delegado diz que esse tipo de caso é recorrente no estado e que a Dercca investiga pelo menos outros 20 envolvendo professores das redes pública e privada de ensino.
“Peço às vítimas que comuniquem à delegacia de polícia, que mediante ao registro de ocorrência policial possamos iniciar a investigação”, finalizou Ronaldo Entringe.