Por ANDRÉ SILVA
Mesmo não abrigando mais o comando da Guarda Civil Metropolitana desde o mês de maio, o aluguel do antigo prédio da corporação continua sendo pago pela Prefeitura de Macapá.
O contrato, no valor de R$ 216 mil, sendo R$ 18 mil mensais, foi renovado no ano passado por mais um ano e a validade expira no próximo dia 10 de agosto. Contudo, o prédio está desocupado há quase três meses, segundo um guarda civil, que não quis se identificar.
Ele denunciou, também, as péssimas condições de trabalhos a que vem sendo submetido desde que o imóvel foi desocupado pela instituição.
O denunciante e outros colegas de farda foram selecionados para guardar o local, depois que ladrões invadiram o prédio, roubaram toda a fiação elétrica, portas e janelas, além de vandalizar o local, quebrando portas de vidro.
Por causa disto, os guardas que fazem a segurança do local reclamam da falta de estrutura para trabalhar. O odor fétido do local é incômodo. Além disto, partes da estrutura que correm o risco de desabar colocam em risco a vida e a saúde dos trabalhadores.
“Está tudo cheio de fezes. Roubaram todos os fios e tem até camisinha jogada no chão. Depois que isso aconteceu, a comandante passou mandar uma guarnição para cuidar do prédio durante 24h, sendo que o prédio não tem água, não tem nada. Aí, a guarnição vai pra lá e fica dentro da viatura”, revelou o guarda.
No dia 17 de maio deste ano, o prédio passou por uma vistoria da Defesa Civil Estadual, que determinou a interdição do local.
No dia 26 daquele mesmo mês, o comando da Guarda passou a funcionar no antigo endereço do Juizado Especial da Zona Norte, ao lado da Policlínica Papaléo Paes, no Bairro São Lázaro.
“Fora a questão do aluguel, equipes da guarda estão sendo escalados para permanecer nesse prédio, com isso prejudicando a segurança pública do município. Uma equipe de 3 ou 4 guardas com uma viatura vigiando um prédio abandonado”, indignou-se o guarda.
O portal SelesNafes.com entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Macapá, mas até esta publicação não teve resposta.