‘Estelionatária do iPhone’ já faturou mais de R$ 517 mil em golpes no Amapá

Segundo a polícia, ela anuncia os aparelhos em sites de compra e venda.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Uma jovem de 28 anos, conhecida como a “estelionatária do iPhone”, foi indiciada pela Polícia Civil do Amapá.

Conforme a investigação, com os diversos golpes envolvendo vítimas de compra e venda de aparelhos celulares, ela faturou mais de meio milhão de reais em menos de 1 ano.

De acordo com delegado Eduardo Quadrotti, da 6ª Delegacia de Polícia da capital, no fim de 2021, três pessoas procuraram a delegacia para relatar contratos de investimentos na aquisição de celulares com a promessa de ganhos. Isso levantou a suspeita.

“Ela tinha um CNPJ e através dele comercializava celulares. Um celular de R$ 15 mil, vendia de R$ 7 mil a R$ 8 mil, mas legalmente. Trazia de fora e vendia aqui. Chegou determinado momento que ela falava: gostou do celular? Estou tendo lucro de mais de R$ 3 mil em cada aparelho, quer investir comigo, preciso de aporte financeiro na empresa? Aí, pelo lucro, a pessoa investia”, contou o delegado.

Um dos aparelhos apreendidos pela investigação. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Os investimentos iam de R$ 3 mil e chegaram a R$ 160 mil. Os valores e os “lucros” nunca mais voltaram para as vítimas.

Outras pessoas pagaram pelo IPhone, e nunca receberam o aparelho. Até o momento já foram identificadas 19 vítimas da estelionatária. Existe a suspeita de que existam mais.

“Existia, no primeiro momento, uma espécie um inadimplemento contratual. Mas depois, virou uma espécie de pirâmide financeira. Ela continuou fazendo as tratativas e não conseguia mais dar conta, então ela pegava o teu dinheiro e pagava outro, entrou numa bola de neve, passou a ser ameaçada e passou a viver de golpes. O dinheiro mensal dela era de golpes”, acrescentou o delegado.

A mulher compareceu na delegacia por três vezes. Em duas delas, tentou explicar os casos e apresentou documentos para tratativas cíveis. Na terceira, com os indícios do estelionato, decidiu permanecer em silêncio.

Delegado Eduardo Quadrotti investigou o caso

“Ela fazia a primeira compra dar certo. Com isso, pessoas indicavam e acabavam sendo vítimas. Pessoas pagavam o celular e não recebiam. Se alguém foi lesado nesse sentido, procure a delegacia, que iremos procurar o melhor meio possível para identificar os infratores”, concluiu Quadrotti.

O caso foi encaminhado ao Ministério Público. Há informações de que há um grupo de WhatsApp com as vítimas dessa mulher.

O portal SelesNafes.com apurou com algumas vítimas que ela se apresenta para aplicar os golpes como Maria Cintia do Nascimento Oliveira.

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