Infestação de baratas e gás preocupam empreendedores do Mercado Central

Local tradicional no Centro de Macapá, é muito frequentado durante todos os duas da semana pela gastronomia.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

No aniversário de 69 anos, nesta terça-feira, 13 de setembro, o Mercado Central, símbolo da cultura e história do Amapá, tem questões a serem resolvidas.

Quem reclamam são aqueles que tornam o local um dos principais espaços da cidade no dia-a-dia da gastronomia: os empreendedores.

O vídeo de um homem batendo caixas de ovo com baratas no box de um vizinho acendeu o alerta para os problemas de convivência, que, se não tratados, podem levar a problemas ainda maiores.

Há uma infestação de baratas, que pode ocorrer em qualquer lugar onde há o manuseio de alimentos quando não há as devidas dedetizações corretivas e preventivas.

Mercado Central completa 69 anos nesta terça-feira, 13 de setembro. Fotos: Marco Antônio P. Costa

Espaço é um dos mais populares pela gastronomia e tradição

Na manhã do último sábado (10), a reportagem do Portal SelesNafes.com foi ao Mercado e conversou com os empreendedores.

De fato, um empreendedor jogou baratas no box do vizinho. Sem se identificar, um deles explicou que os insetos estavam nas caixas de ovos. A alegação é de que como havia muitas baratinhas chegar para trabalhar, ele teria ficado com raiva pelo fato de o vizinho não ter o zelo necessário. Assim, acabou tomando a atitude.

Sem saber que estava sendo filmado, empreendedor joga insetos no box vizinho. Foto: Reprodução

Reportagem flagrou…

… inseto em box durante entrevista

Dedetização

Rose Oliveira, de 36 anos, reivindica um mutirão entre todos os donos de box e uma dedetização bancada pela Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) para resolver o problema.

“É daquelas baratas pequeninas. Precisamos de um mutirão, fazer todo mundo, e também fazer uma dedetização. Eu dependo disso aqui para sobreviver”, reivindicou a empreendedora.

Rose Oliveira pede uma dedetização no local: “Eu dependo disso aqui para sobreviver”

Gás

Outra questão que divide opiniões é o gás em botijões. Até bem pouco tempo atrás, os boxes que têm cozinha eram servidos por gás encanado. Os cilindros ficavam em local seguro, isolado, diferentemente do que ocorre agora, com os botijões tradicionais. A segurança e o forte cheiro são elementos que preocupam, principalmente para os empreendedores de boxes que não trabalham com comida.

A questão do gás em botijões também preocupa

Local é muito procurado por famílias para almoço

Onde há pessoas, há divergências e conflitos e o que esteve claro é a falta de arbitragem correta para superar essas questões que sempre vão aparecer.

O Mercado Central, que esteve fechado por tanto tempo, e que pós-revitalização se reconverteu em um dos principais e mais belos pontos da cidade, aniversaria com novos desafios, dependendo do bom senso coletivo e de uma boa administração pública para torná-lo cada vez mais atrativo, seguro e agradável.

A prefeitura de Macapá se pronunciou sobre o assunto. Sobre o gás, a PMM responsabilizou os empreendedores pelo pagamento, e diz que já realizou uma dedetização no prédio. Veja abaixo a íntegra da nota.

O Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur) informa que a responsabilidade pelo pagamento do gás encanado nos boxes do Mercado Central é dos permissionários, conforme acordado desde a reinauguração do espaço, em 2020.

A inadimplência no pagamento ocasionou o corte do serviço, e os empreendedores passaram a utilizar o produto de forma individual em botijões de 13kg.

Sobre a presença de insetos no ambiente, o instituto reforça que a última dedetização ainda está com a validade em dia.

A situação flagrada em vídeo, entre dois permissionários, está sendo apurada por meio de processo

Seles Nafes
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