Moradores do entorno da Sérgio Arruda temem remoções e dizem que foram ignorados pela prefeitura

Ponte ainda é a principal via de ligação com a zona norte de Macapá.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Não há ninguém que defenda que a Ponte Sérgio Arruda, ainda a principal via de ligação com a zona norte de Macapá, não necessite de uma intervenção.

No entanto, moradores que residem há pelo menos 40 anos no entorno dizem que não foram comunicados, nem consultados sobre nada até o momento e, por isso, temem ser removidos do local.

Nesta segunda matéria da série sobre mobilidade urbana em Macapá, o assunto é a ponte, que já teve até assinatura de ordem de serviço. A autorização para a obra foi dada na última segunda-feira (26), pelo prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Cidadania).

Marli Marques, de 49 anos, falou com o Portal SelesNafes.com em nome dos moradores e explicou o que sabe e o que pensa sobre o assunto.

Marli: “Achei uma falta de respeito. Isso aqui era um lago, moramos aqui há 40 anos. Como vai ficar o impacto social?”. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

“Bom, o que nós soubemos foi que eles colocaram uma tenda e, para a nossa surpresa, era o dia que o prefeito veio assinar a ordem de serviço para liberar a obra da ponte Sérgio Arruda. A ponte vai ser demolida e nós não fomos comunicados. Eles chegaram com o pessoal deles e não comunicaram ninguém. Os moradores e empreendedores, ninguém foi chamado. Chegaram igual como se faz uma invasão: monta um barraco, fala o que quer, desfaz o barraco e vai pra outra invasão”, declarou Marli.

A reclamação principal é sobre a forma, o método, o que tem causado temor entre os envolvidos.

Via é a principal ligação da zona norte

Grandes “grampos” de ferro foram colocados para segurar parte dos blocos laterais da ponte

“Achei uma falta de respeito. Isso aqui era um lago, moramos aqui há 40 anos. Como vai ficar o impacto social? Como vão ficar as pessoas que dependem desse movimento da feira, da rua. Nós tememos que tenha [remoções]”, declarou a moradora.

Ela diz que todos os demais comerciantes e moradores também concordam que a ponte deve receber algum tipo de obra, desde uma revitalização até mesmo a sua derrubada, pois não confiam que o equipamento seja seguro por muito tempo.

Ponte passa sobre o Canal do Jandiá

Para justificar a tese, ela cita os grandes “grampos” de ferro que foram colocados para segurar parte dos blocos laterais da ponte.

A zona norte de Macapá foi a região que mais cresceu nos últimos anos e o tempo em que seus moradores levam para chegar até o centro da cidade, especialmente nos horários de pico, é cada vez maior.

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