‘Trabalho e amor’, diz professora ao ver evolução de alunos paratletas

Rosimara Nogueira trabalha com educação especial e hoje viu os alunos brilharem no Festival Paralímpico
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Por RODRIGO ÍNDIO

Ainda na faculdade, Rosimara Nogueira despertou para a vontade de ensinar crianças da educação especial. Se especializou, e há 17 anos trabalha com este público. Neste sábado (24), ela e as colegas da equipe do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Escola Estadual Cívico Militar Antônio Ferreira Lima Neto, organizaram uma apresentação para abertura do Festival Paralímpico com crianças e adolescentes.

Ao término da apresentação, Rosimara foi surpreendida por seu alunos. A professora ficou emocionada ao receber um bolo de aniversário no dia em que completa 42 anos das mãos de Vinícius, um jovem com paralisia cerebral.

“Trabalho com muito amor em tudo o que eu faço. Todos os dias é um aprendizado e cada vez mais a gente tá crescendo, evoluindo. Pra mim a maior satisfação é estar no dia do meu aniversário vendo o sorriso deles, isso não tem preço, assim como ver a evolução deles a cada dia”, falou a professora.

Rosimara também integra desde 2018 a delegação que leva paratletas para competições locais e nacionais. Uma delas, que participa desse projeto de inclusão, é Juliane Cristina Sampaio, de 16 anos.

“Ganhei medalhas de ouro em corrida e no salto lá em Brasília no mês de agosto, aqui em Macapá fui prata. O esporte na minha vida é fundamental. Tudo começa na escola com os professores e treinadores nos incentivando a ser alguém melhor e termos um desenvolvimento. Somos pessoas melhores com esse trabalho impecável”, disse.

Abertura do evento…. Fotos: Rodrigo Índio/SN

…foi emocionante

Débora e a filha Ana

Alunos evoluem

Juliane Sampaio: “esporte na minha vida é fundamental”

Vôlei sentado foi uma das modalidades

Débora Moura é mãe de Ana Paula de 13 anos, que tem também é paratleta da mesma escola. Ela testemunhou a evolução da filha que tem hidrocefalia e mielomeningocele [má formação da coluna].

“Minha filha me ensina a ser forte, batalhadora e vencedora todos os dias. Em Brasília ganhou ouro em duas modalidades. Antes vivia em casa e foi estimulada pela equipe do AEE a conviver com crianças e ter a consciência de que é capaz de tudo. E esses eventos são importantes por isso”, avaliou.

De acordo com o Hebert Barbosa, coordenador do Festival Paralímpico, o evento é realizado com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e da Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel). O objetivo é estimular a prática esportiva.

Professora ganhou bolo no dia do aniversário

Herbet, coordenador do evento: estimular brincando

“Hoje é alusivo ao Dia do Atleta Paralímpico, que foi no último dia 22, e celebrado por nós hoje. O evento ocorre simultâneamente em todos dos estados com crianças de 7 a 17 anos com deficiência intelectual, visual e física. Aqui é uma maneira de estimular brincando”, detalhou.

Estiveram participando no ginásio do Exército Brasileiro crianças de diversas instituições de ensino, nas modalidades de vôlei sentado, atletismo e parabadminton, além de brincadeiras, pintura de rosto e atrações circenses e musicais.

Seles Nafes
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