Calote: produtores da campanha de Rayssa denunciam falta de pagamento e ameaças

Esposa do prefeito de Macapá foi candidata ao Senado Federal pelo Amapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

O publicitário Henrique Santos de Souza, que é diretor de cena da empresa “Mutante Filmes do Brasil”, responsável pela publicidade da campanha eleitoral da candidata derrotada ao senado federal pelo Amapá, Rayssa Furlan (MDB), procurou a polícia para denunciar falta de pagamento e ameaças feitas por pessoas ligadas a ela.

O publicitário da empresa procurou a Delegacia de Crimes Cibernéticos na noite de quarta-feira (5).

Ao delegado ele disse que montou uma equipe com 11 pessoas que vieram de outros estados e chegaram no Amapá há 2 meses para trabalhar, exclusivamente, na candidatura de Rayssa. A equipe ficou hospedada em um hotel no Centro de Macapá.

O pagamento da estadia, segundo o denunciante, seria de responsabilidade da contratante num acordo de prestação de serviço de R$ 650 mil. Entretanto, ontem (5), quando foram deixar o hotel, os trabalhadores foram cobrados pela recepcionista. O valor de aproximadamente R$ 11 mil não foi pago por Rayssa.

Rayssa Furlan (MDB) fez 42,52% de votos, não foi eleita

A recepcionista ligou para uma pessoa próxima à candidata, mas recebeu como resposta que “não iria pagar a conta e que era para resolverem [profissionais da publicidade] isso”.

Depois da ligação, teria chegado ao hotel outra pessoa ligada à Rayssa, um homem que discutiu com os publicitários, e, de forma agressiva, teria falado que eles deveriam pagar a conta, pois teriam dado “muito prejuízo”.

Segundo o Boletim de Ocorrência, foi nesse momento que o homem teria feito ameaças: “agora vai ficar perigoso para vocês aqui, isso não é o Ceará”.

Com medo, os publicitários saíram às pressas do hotel e até deixaram alguns pertences pessoais para trás. Onze deles conseguiram embarcar para Fortaleza (CE). Mas, o publicitário Henrique Santos, não conseguiu vaga no avião. Receoso após as ameaças, ele seguiu para a delegacia do aeroporto, onde denunciou o caso.

Enquanto prestava depoimento, um homem, que seria assessor do prefeito de Macapá, Dr. Furlan, marido de Rayssa, tentava, insistentemente, entrar na sala e conversar com o publicitário, na tentativa de o denunciante desistir de levar o caso à frente.

O suposto assessor teve que ser retirado da delegacia por atrapalhar o serviço policial.

A reportagem fez contato com a organização da campanha de Rayssa, que não se manifestou sobre o assunto.

Seles Nafes
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