Caso de grávida morta com 21 facadas termina com prisões e fugas

Homicídio ocorreu em Vitória do Jari. Criminosos estavam presos temporariamente
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Por LEONARDO MELO

A Polícia Civil do Amapá concluiu o inquérito que investigou o assassinato de uma gestante de 23 anos, ocorrido no fim de agosto no município de Vitória do Jari, no sul do Amapá. A morte foi ordenada por uma facção criminosa por dívidas com drogas, e organizada por uma “amiga” da vítima, que está presa.

Com a conclusão do inquérito, o caso será encaminhado ao Ministério Público para oferta de denúncia na justiça. Os envolvidos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado por motivação torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de aborto e participação em organização criminosa.

Sabrina Alves de Souza foi morta com 21 facadas dentro de casa, na noite de 30 de agosto. Ela estava grávida de dois meses. Uma semana depois, a polícia já tinha identificado a maioria dos participantes do crime, incluindo a amiga que ajudou na organização, Ela chegou a hospedar em sua casa os matadores que chegaram de Laranjal do Jari e ainda mostrou onde Sabrina morava.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar a criminosa e um dos envolvidos num comércio próximo da residência de Sabrina. Eles invadiram a casa da vítima encapuzados e cometeram o crime.

A equipe comandada pelo delegado Erivelton Clemente descobriu no celular da vítima que ela já vinha sendo ameaçada pela facção por conta das dívidas, e que até a amiga Geane Lobato Correa, de 29 anos, ajudava nas cobranças.

A pedido da polícia, a justiça decretou a prisão temporária de cinco acusados, sendo que quatro foram presos logo após o crime, incluindo a amiga Geane. Agora, eles tiveram as prisões convertidas em preventiva e poderão permanecer presos até o julgamento.

Momento em que Geane é presa. Ela chorou afirmando inocência. Fotos: Reprodução

Agentes e delegado conversam com moradores

Armas usadas no crime

Conselho final

“O mandante do crime, que faz parte do conselho final (da facção), responsável por decretar a morte de pessoas que por ventura contrariem os interesses da facção criminosa, teve a sua prisão preventiva decretada, que foi cumprida no Iapen, já que ele se encontra preso por (outro) homicídio”, explicou o delegado Erivelton Clemente.

Entre os presos está um foragido do Iapen que cumpria pena por roubo, e não retornou mais à cadeia após ser beneficiado por uma licença temporária. Ele teria participado diretamente do homicídio.

Sabrina Alves de Souza tinha 21 anos

“Os presos, com exceção do mandante, confessaram a prática delitiva em seus interrogatórios, que foram acompanhados pelo Ministério Público. As facas usadas para matar a vítima foram encontradas na casa do dono da embarcação que transportou e deu fuga para os executores da vítima, bem como a embarcação de motor rabeta usada na fuga dos homicidas”, informou o delegado.

O dono da embarcação da fuga e um dos executores continuam foragidos, e estão com as prisões decretadas.

Seles Nafes
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