Caso Josué tem conflito por bens e tentativa de desacreditar investigação

Velório do professor no dia 5 de outubro: advogado contratado por pais e irmãos diz que há falhas na investigação; advogado da viúva nega
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Por ANDRÉ SILVA

A investigação sobre a morte do advogado e professor Josué Marques Baía, de 46 anos, acabou revelando um conflito entre parentes dele e a viúva. Nesta sexta-feira (14), o advogado contratado pela família, Cícero Bordalo Júnior, disse que vai pedir o afastamento do delegado do caso por não acreditar na tese de suicídio. Do outro lado, o advogado da viúva insinua que o conflito é motivado pelo interesse por bens, e que a filha do casal é a legitima herdeira do professor.

Josué estava desaparecido dede o dia 26 de agosto. O corpo dele foi encontrado no último dia 3 outubro, já em avançado estado de decomposição. O advogado Cícero Bordalo confirmou que foi contratado pelos pais e irmãos da vítima, porque eles acreditam que há falhas na investigação.

“A família quer saber a realidade. Eles têm provas e evidências que está havendo investigações com falhas. Sabemos quais são as falhas, mas o delegado passou por cima. Já acionamos outros poderes (Judiciário) pra resolver”, disparou o advogado.

Bordalo informou que o professor estava separado da companheira, Ana Claudia Palheta, havia quatro meses. E afirmou ter um documento onde o professor declara ser divorciado. O documento, segundo Bordalo, é de antes do desaparecimento. O advogado afirmou que Ana Claudia buscou na delegacia autorização para ter acesso aos bens do morto.

“Na delegacia ela estava brigando para ter acesso a tudo dele eu disse que quem ia decidir isso era o juiz”, afirmou o advogado, que questiona a isenção do delegado por suposta relação de amizade com a viúva.

Procurado, o delegado Luan Brito não respondeu mensagens e nem retornou ligações da reportagem.

Ana Cláudia, a viúva: advogado afirma que casal vivia união estável. Foto: Olho de Boto/SN

Depressão

Em entrevista ao Portal SN.com no último dia 15 de setembro, Ana Claudia Palheta, afirmou que o professor passava por problemas depressivos. No entanto, a família não acredita nessa versão e sim que ele foi assassinado. 

Além do advogado, a família também contratou o perito criminal Ricardo Molina, que participou de investigações de casos famosos no Brasil, como de PC Farias, tesoureiro de campanha do ex-presidente Collor de Mello. Ele vai pedir a exumação do corpo para realização de nova necropsia.

Sem marcas

O advogado da viúva, Cassius Clay, afirmou que a justiça deu uma liminar em favor dela, mandando que a família de Josué entregasse os documentos dele, incluindo a certidão de óbito para Claudia.

Professor tinha poucos bens, afirma advogado da viúva

Molina e Cícero Bordalo: pedido de exumação

Ele explicou que a família do professor não tinha um bom relacionamento com a viúva, que vivia em regime de união estável com o professor.

Ele confirma que o professor sofria com transtornos mentais, e revelou que as primeiras informações da perícia no corpo revelam que a pele do corpo está intacta, o que comprova que ele não teve nenhuma perfuração na pele que comprove homicídio.

“Inclusive os peritos, no dia da perícia, conversaram com a família e com a Claudia, e conversaram com o delegado e garantiram isso. O laudo pericial se quer saiu pra dizer que foi homicídio ou não. Porquê da forma que os peritos disseram não tem possibilidade de ter sido assassinato”, disse o advogado.

Ele também negou que exista alguma relação de amizade entre o delegado e a viúva.

Clay também informou que o professor tinha poucos bens, incluindo um carro financiado (com prestações atrasadas) e um sítio na comunidade de Curicaca, no município de Itaubal. A pensão, segundo ele, não deve ultrapassar R$ 6 mil.  

Seles Nafes
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