Por ANDRÉ SILVA
Durou mais de dez horas o primeiro dia de julgamento do ex-policial civil Leandro Freitas, acusado de matar a empresária Ana Kátia Silva, crime ocorrido em 2020.
A sessão ocorreu no Fórum Desembargador Leal de Mira, na região central de Macapá, nesta segunda-feira (17). A previsão é que o julgamento dure três dias.
Neste primeiro, foram ouvidas duas testemunhas, entre elas a nora da vítima, que passou quase três horas sabatinada pelos advogados de defesa – motivo de críticas por parte do promotor do caso, Iaci Pelas.
“Os advogados de defesa de Leandro encheram a testemunha de perguntas longas e cansativas. Muitas desnecessárias, às vezes, intimidando a testemunha”, afirmou o promotor.

Promotor Iaci: “perguntas desnecessárias, intimidando a testemunha”
Charles Bordalo, um dos três advogados de defesa do ex-policial, contradisse o promotor e afirmou que está provando que quem matou a promotora de eventos, num disparo acidental, foi o próprio filho dela, Kadu Silva, e não Leandro.
“Eles ficam esperneando, não querem que nós façamos nosso trabalho, produzindo as provas e fazendo as perguntas adequadas às testemunhas. Tem laudo pericial que dizem que para que o fato ocorresse, necessitaria de três pessoas e eles estão tirando o Kadu da cena do crime. A gente imagina que ele [Kadu] pensa que vai ser processado e tudo, mas foi um acidente, ele não iria matar a mãe dele, mas matou”, afirmou Bordalo.

Charlles Bordalo: vítima foi morta por tiro acidental do próprio filho. Fotos: André Silva/SN
Ele sustenta a tese de que durante uma luta corporal entre o filho da vítima e o ex-policial, Kadu tenha disparado a arma.
Para provar a tese, a defesa contratou um perito particular. A expectativa é que Kadu seja ouvido ainda hoje.
Simulação
Nesta terça-feira (18), haverá uma reprodução simulada que mostrará detalhes do dia do crime, promete a acusação. O julgamento reinicia amanhã, às 8h.