Intervenção da prefeitura não surte efeito e usuários seguem sofrendo com falta de ônibus

No dia 3 de agosto a, Prefeitura de Macapá decretou situação de emergência no Transporte Público e proibiu a circulação dos ônibus da Sião Tur na capital.
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Por ANDRÉ SILVA

No último dia 3 de outubro completou dois meses de intervenção da Prefeitura Municipal de Macapá no transporte coletivo da capital.

A princípio, a justificativa para a ação, era a baixa oferta de ônibus por parte das empresas e a falta de transparência no sistema de cobrança de passagens, gerido pelo Sindicato das Empresas de Transportes do Amapá (Setap).

A promessa inicial, com a intervenção, era a de melhorar o serviço na capital. Contudo, na prática, nada mudou.

A estudante de enfermagem Carmem Allana, de 19 anos, sente a ineficiência da intervenção na pele, diariamente. Ela relata esperas de mais de duas horas nas paradas de ônibus. Nesta terça, por exemplo, ia do Bairro Infraero 2, na zona norte, para a faculdade, no Bairro Jesus de Nazaré, na região central. Ficou de 8h às 10h aguardando passar o primeiro coletivo.

“É bem humilhante passar por isso. Minha aula começa às 9h. Pra eu chegar a tempo, tenho que pegar o ônibus da 7h30min, senão eu não consigo chegar a tempo pra assistir minha aula. Hoje, inclusive, fiquei na parada das 8h às 10h pra poder pegar um ônibus. É muito chato ter que ver pessoas ficando nas paradas porque o ônibus tá muito cheio. Fora o riscos que passamos nos pontos de ônibus. Isso é uma falta de respeito com a população. Precisamos de melhorias, não tem como ficar assim”, reclamou a estudante.

Usuários amargam longas esperas nas paradas. Foto: André Silva/SN

O início da crise

No dia 14 de junho, trabalhadores da Amazontur e Capital Morena, iniciaram uma greve reivindicando pagamento de salários atrasados e outros direitos trabalhistas. No dia 22 daquele mesmo mês, foi a vez dos empresários forçarem o aumento da tarifa, ameaçando parar a frota caso não fossem atendidos.

No dia 3 de agosto, o prefeito Antônio Furlan (sem partido) decretou situação de emergência no transporte público da capital e assumiu o serviço.

De imediato, suspendeu a atividade da empresa Sião Tur, que representava cerca de 40% de toda a frota da cidade. O decreto tem validade de 180 dias.

Na prática, a única situação que mudou desde o decreto, foi que a empresa Sião tur parou de operar na cidade, e nenhuma empresa estava preparada para a sumir os itinerários vagos, o que continua causa do atrasos e transtornos para os usuários.

Seles Nafes
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