Ameaçado, grupo afirma que também é vítima de pirâmide da Consolidate

Advogado Kássio Janderson representa 10 pessoas que se dizem vítimas, mas que estão sendo ameaçadas
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Por SELES NAFES

Um grupo de 10 pessoas, apontado por investidores nas redes sociais como responsável pela Consolidate My Shopping, procurou um escritório de advocacia de Macapá para explicar que não estava no comando da empresa no Amapá. Após a grande repercussão da investigação policial da semana passada sobre o esquema de pirâmide, o grupo diz que passou a receber ameaças.

De acordo com o escritório Kássio Janderson Advogados (foto de capa), por motivo de segurança o grupo não vai se expor publicamente para dar esclarecimentos. Contudo, o escritório garante que as 10 pessoas apontadas como culpadas são cidadãos de “conduta ilibada, cumpridoras dos seus deveres legais e, inclusive, já adotaram suas providências perante as autoridades públicas estaduais e federais. Assim, suas imagens não podem ser jogadas ao desprezo público”.

O escritório prossegue afirmando que a Consolidate conduz um esquema criminoso de alta complexidade e abrangência internacional com “narrativa convincente”. No Brasil, a empresa foi registrada em São Paulo sob responsabilidade de Jefferson da Silva Santos, que estaria com a prisão decretada desde 10 de fevereiro deste ano pela justiça de Pernambuco.

Na semana passada, a Polícia Civil do Amapá confirmou que investiga a Consolidate por golpes que podem ter afetado até 2 mil investidores no Amapá. Eles eram convidados por outras pessoas a investir de US$ 30 a US$ 199 (cerca de R$ 1 mil) para ter direito a dividendos. Para isso, teria que fingir fazer compras em grandes plataformas (por meio de um aplicativo próprio da Consolidate) e que convidassem mais pessoas para fazer parte.

Delegada Áurea Uchoa investiga a empresa de pirâmide. Foto: Rodrigo Índio/SN

A pirâmides funcionam assim: quem está base, que são os primeiros a chegar, consegue receber lucros, mas, na medida em que o grupo vai crescendo para cima, a estrutura vai se afunilando porque a tendência é que menos pessoas vão entrando. Quando isso acontece, a pirâmide desmorona porque não há dinheiro para todos.  

“Suplicamos à sociedade amapaense que deixem a cargo das autoridades públicas competentes a apuração dos crimes perpetrados por esta terrível organização criminosa, bem como evitem o compartilhamento de informações caluniosas em face pessoas que, em verdade, também são vítimas desse esquema criminoso”, conclui.

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