Em meio a inquérito, professora bolsonarista pede afastamento da Unifap

Docente alega problemas de saúde. Caso ocorreu na Universidade Federal do Amapá.
Compartilhamentos

Por LEONARDO MELO

A professora Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida pediu afastamento de suas funções na Universidade Federal do Amapá (Unifap) após a instauração de um inquérito que busca apurar sua conduta durante orientação de alunos.

De acordo com relatos deles, a docente declarou que não daria aula para quem fosse compatibilizado com a vertente política de esquerda.

O portal SelesNafes.com teve acesso a mensagem enviada pela professora ao coordenador do curso, onde ela alega necessidade de afastamento por 15 dias de suas funções, porque teria que passar por um tratamento de saúde.

“Estou de afastamento para tratamento médico (atestado em anexo) e por recomendação, estarei viajando, onde terei pouco ou nenhum acesso à internet (recomendação médica)”, diz parte da mensagem.

No atestado médico anexado ao documento, um psiquiatra a diagnosticou com o quadro de “transtorno misto ansioso e depressivo” – no qual não se tem o diagnóstico nem de depressão, nem de algum transtorno de ansiedade, mas mesmo assim a pessoa apresenta sintomas de ambas as condições.

Professora pediu afastamento com atestado médico e vai se isolar em local com pouca ou quase nenhuma comunicação. Foto: Divulgação

Polêmica

A polêmica veio a público quando mensagens postadas pela professora em um grupo de Whatsapp – criado para ela se comunicar com os alunos de mestrado e doutorado – foram printadas e compartilhadas em outros grupos. Nelas, a docente declarava que não daria aula a dois alunos doutorandos por eles seria de esquerda.

“Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vocês”, diz parte da mensagem.

Em seguida ela dispara. “Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento. Ou estão comigo ou contra mim”, finalizou Sheylla Susan.

Print da polêmica declaração no grupo de estudos

Logo depois da repercussão do caso, ela lançou um pedido público de desculpa no qual cita que é “ser humano como qualquer outra pessoa capaz de reproduzir sentimentos instantâneos”.

Mesmo assim, o caso foi denunciado à Polícia Civil (PC), que abriu inquérito para apurar.

A reportagem tentou falar com a professora por telefone, mas logo a ligação é encaminhada para a caixa de mensagem.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!