Motorista bêbada e sem CNH é solta

Acidente ocorreu no último fim de semana, no Centro de Macapá.
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A Justiça decidiu soltar a motorista embriagada e sem habilitação envolvida no acidente que resultou na morte de uma jovem de 19 anos no último fim de semana em Macapá.

Renilma Pereira de Lima, de 36 anos, conduzia o Siena que colidiu com a moto onde estava como passageira a jovem Kamilly Luara Rodrigues Oliveira, morta no acidente, ocorrido na madrugada de domingo (27), por volta de 3h, no Centro de Macapá.

À Renilma, o juiz Eduardo Navarro, da Comarca de Macapá, concedeu liberdade provisória. Na decisão, o magistrado justificou que ela preenchia requisitos que indicam não ser necessária mantê-la presa: é acusada primária, não integra facção criminosa, não representa ameaça à ordem pública e sua liberdade não prejudica a instrução processual.

O juiz Navarro também levou em consideração as circunstâncias do acidente, conforme as informações que constam no Auto de Prisão em Flagrante da Polícia Civil do Amapá.

“Constata-se no vídeo juntado à ordem 10, que a motocicleta em que a vítima estava vinha trafegando em alta velocidade quando colidiu com o veículo em tentativa de ultrapassá-lo e isso foi determinante para o lamentável desfecho do acidente, restando comprovado tratar-se de crime na modalidade culposa”, comentou na decisão o magistrado.

Ele se referia à filmagem da câmera de um estabelecimento comercial que flagrou como ocorreu o acidente. As imagens mostram que o Siena trafegava no mesmo sentido que a motocicleta. Os dois veículos transitavam pela Rua Eliezer Levy e, no cruzamento com a Avenida Padre Júlio, o automóvel começa a convergir à esquerda, momento em que a moto iria ultrapassá-lo, e a colisão acontece.

Kamilly Luara ainda chegou a ser socorrida e levada ao Hospital de Emergências da capital, mas não resistiu. Ela era passageira da motocicleta conduzida por Marcus Vinícius da Silva, de 22 anos, que também sofreu ferimentos, mas sem gravidade. Ele prestou depoimento no mesmo dia, após atendimento médico.

Relatório do Batalhão de Trânsito da PM do Amapá apontou que o teste do bafômetro feito por Renilma, registrou teor alcoólico (0,52 mg/L) acima de 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar, o que caracteriza crime de embriaguez ao volante. Além disto, ela não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Segundo o delegado Roberval Rangel, Renilma confirmou em depoimento que havia ingerido bebida alcóolica por volta de 21h em uma festa, mas que havia parado o consumo quando seu irmão lhe ligou pedindo auxílio para comprar remédios para a esposa.

Kamilly Luara ainda chegou a ser socorrida e levada ao HE, mas não resistiu. Foto: Divulgação

Restrições

A liberdade provisória, no entanto, tem várias medidas restritivas, entre as quais Renilma está proibida de frequentar bares, boates e similares; tem que se recolher ao seu endereço de moradia de 22h às 6h de segunda a sexta e integralmente nos finais de semana; comparecer mensalmente à Justiça para comprovar o endereço fixo e ocupação, enquanto durar o processo; e não se ausentar de Macapá sem pedir autorização da Justiça.

Seles Nafes
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