Passarelas são liberadas após 5 anos

Elevados fundamentais para mobilidade de pedestres, ciclistas e cadeirantes estão situados ao longo da BR-210, na zona norte de Macapá.
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Por ANDRÉ SILVA

As passarelas elevadas para pedestres e cadeirantes sobre a BR-210, zona norte de Macapá, foram reabertas após cinco anos fechadas.

A reabertura ocorreu após o remanejamento dos cabos de alta tensão que passavam próximo da estrutura, o que trazia risco choque para quem transitava por elas.

Os dois elevados ficam localizados em frente ao Conjunto Boné Azul e Bairro Brasil Novo, e foram construídos pelo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O acesso foi bloqueado em 2017, quando as estruturas ficaram prontas, logo depois de inauguradas.

A CEA Equatorial fez o remanejamento dos cabos em outubro. A finalização do serviço, o que incluía a energização dos fios, durou cerca de doze horas deixando toda a zona norte sem energia.

Trânsito está liberado nas passarelas. Fotos: André Silva

O acesso foi liberado na última sexta-feira (11), após a CEA Equatorial realizar testes de indução de energia elétrica e encaminhar um relatório aos órgãos competentes, que liberaram trânsito no local.

Acidentes e sinalização apagada

Enquanto as estruturas estiveram interditadas, alguns acidentes foram registrados naquele perímetro. O mais grave ocorreu em maio deste ano com uma dona de casa, que, ao tentar a travessar a pista na faixa de pedestres, foi atingida por uma motocicleta. Ela morreu na hora.

Em frente ao Boné Azul, faixa de pedestres ainda tem resquícios

O sapateiro Alessandro Tavares de 32 anos, conserta sapatos em frente ao conjunto Boné Azul há dois anos. Ele lembra bem do dia do acidente e diz que não sabe se com a passarela a situação vai melhorar.

Isso porque, segundo ele, as pessoas continuam atravessando na faixa de pedestre – que está bastante apagada – por uma brecha no guardrail, estrutura de metal que divide as duas pistas da rodovia.

Alessandro viu vários acidentes no trecho

“Se não apagarem essa faixa e fecharem aquele acesso as pessoas vão continuar atravessando. Por ali, o povo acha mais rápido. Eu acho que não vai dar em nada. Está aberto bem aí logo. Faixa de pedestre numa rodovia, nuca vi isso. Por isso que aquela senhora morreu aí. O pessoal levanta a mão, uns param, mas outros não”, questionou o sapateiro.

O ambulante Edivan de Sousa Praia, de 47 anos, que trabalha vendendo laranja gelada e água mineral às margens da BR, é mais otimista. Para ele, a reabertura das passarelas vai trazer mais segurança à população.

“Vai melhorar a segurança das pessoas. Demorou um pouco, mas até que enfim ficou pronta”, considerou o ambulante.

Seles Nafes
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