Por ANDRÉ SILVA
Cerveja, refrigerante, carne para churrasco e carvão estiveram entre os itens campeões em vendas nos supermercados e açougues de Macapá nas últimas semanas. Enquanto o Brasil estava na Copa do Catar, o comércio foi impulsionado pelos torcedores. Agora, com a eliminação, a expectativa fica com vendas de fim de ano.
Para driblar os preços altos da carne, alguns torcedores se reuniram com familiares e amigos para não deixar o churrasco faltar. Foi o que fez o tecnólogo Raul de Oliveira Fernandes, de 37 anos. Ele e o irmão estavam no açougue à procura de fraldinha e porco.
“Pela questão da inflação está um pouco alta, carne fica só para os dias especiais como fim de semana ou em dias de jogos. Fazendo uma coleta com a família, sempre dá para rolar”, considerou Raul.
Elivan Lobato, que corta carne em um açougue no Bairro do Trem, zona sul da capital do Amapá, disse que a alcatra e a picanha estão entre os cortes mais procurados pelos clientes. Os preços não têm intimidado as vendas, segundo ele.
“Eles procuram corte pra churrasco: maminha, alcatra, bisteca. Esses são os mais caros. Mas tem gente que vem atrás da costela também e outros cortes mais em conta”, pontuou.
Gerente de uma rede de supermercados de Macapá, Adailton Pimentel comemora a boa fase das vendas nesse início de dezembro. Segundo ele, o aumento das vendas também se dá porque o período coincide com o pagamento do funcionalismo público e do setor privado do estado.
“A gente está no período do pagamento do funcionalismo público, né, o que ajudou bastante a impulsionar as vendas. Mas mesmo fora desse período, como aconteceu com os outros dois jogos da seleção, a gente vendeu bem também. Tinha cliente que chegava cedo aqui no dia de jogo”, relatou o gerente, com um largo sorriso no rosto.
A previsão de bons faturamentos com a continuidade do Copa acabou com a derrota do Brasil pela Corácia. Agora, que venha o Natal e o Réveillon.