Por SELES NAFES
Não será fácil para o ex-senador Gilvam Borges continuar à frente do MDB no Amapá, posição que ocupa há quase duas décadas. A uma semana da convenção estadual que vai eleger o novo diretório estadual, o atual presidente trava uma queda de braço nos bastidores com o deputado federal Acácio Favacho, que poderá disputar o comando da legenda ou apoiar outro nome.
A convenção estadual está marcada para o dia 1º de fevereiro, na sede do partido, em Macapá.
No ano passado, Acácio Favacho assinou ficha no MDB depois de ficar sem espaço no Pros, e mais tarde seria um dos principais adversários internos de Gilvam após o rompimento dele com Jaime Nunes (PSD) e o casal Furlan. Gilvam viu surgir contra ele filiados que querem ver a legenda em outro alinhamento político, e em outras mãos.
Acácio, por exemplo, quer o prefeito Dr Furlan filiado ao MDB. Furlan, que está sem partido desde a saída do Cidadania, só aceita assinar a ficha se Gilvam não estiver mais no comando do partido.
Os mais próximos de Gilvam também têm alertado o atual presidente para supostas movimentações articuladas por forças ligadas ao ministro Waldez (PDT), senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e até dos novos deputados federais Professora Goreth (PDT) e Dr Púpio (MDB-AP).
Mas Gilvam tem aliados, como a vice-prefeita Mônica Penha e o próprio ex-senador e ex-presidente José Sarney, que continua tendo forte influência sobre os rumos do partido.
Aliados de Gilvam se queixam da postura de Acácio, que se movimenta dentro do partido sem colocar o próprio nome como candidato, o que atrapalharia um possível diálogo. Acácio, diga-se, é aliado do presidente nacional da legenda, Baleia Rossi.
“Ainda vamos ter essa conversa de bastidores, mas falta o deputado Acácio colocar o nome dele à disposição. Ele também terá que formar uma chapa completa para poder inscrevê-la”, lembra um filiado influente no diretório atual.
O dia 1º de fevereiro deve ser de fortes emoções.