Motorista que deixou 6 feridos e 1 morto é condenado à prisão

Juiz levou em consideração estado de embriaguez, perícia e depoimentos dos sobreviventes
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Por SELES NAFES

O motorista que invadiu uma lanchonete no Bairro do Beirol, na zona sul de Macapá, foi condenado a 7 anos e 6 meses de prisão por homicídio e lesão corporal no trânsito, em regime semiaberto. Ele poderá recorrer da sentença em liberdade.

Na noite de 6 de março de 2021, por volta das 22h, Rogério Coutinho Cardoso, então com 52 anos, invadiu o estabelecimento com seu Gol deixando seis feridos e um morto. A vítima fatal foi Agostinho Ferreira dos Santos, dono da casa onde funcionava a lanchonete, na Rua Leopoldo Machado, esquina com a Avenida Guaranis.

Rogério Cardoso foi espancado por populares e preso por policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). Ele não quis passar pelo bafômetro, mas a equipe lavrou um termo de constatação em virtude dos sinais de embriaguez. A prisão flagrante foi convertida em preventiva na audiência de custódia, mas depois o motorista conseguiu a liberdade provisória.

Ao analisar o processo, o juiz Matias Pires Neto, da 5ª Vara Criminal de Macapá, rejeitou as alegações da defesa de que o motorista teria perdido o controle do veículo ao tentar desviar de um buraco e de outro carro.

O magistrado levou em consideração o estado de embriaguez, os dados da perícia e o depoimento de testemunhas que ouviram o veículo se aproximando com o motor em aceleração contínua. Na decisão, o juiz lembra do que disse um dos sobreviventes.

Acidente ocorreu na Rua Leopoldo Machado com a Avenida Guaranis, no Beirol. Fotos: Olho de Boto/SN

“…Não só viu, como ouviu o barulho de aceleração do veículo do acusado vindo para cima deles de forma tão rápida e tão veloz que não tiveram tempo nem de sair do lugar, o que demonstra, mais uma vez, que o acusado estava em altíssima velocidade”, destacou.

O juiz também ressaltou que os sobreviventes tiveram graves lesões. Além da condenação por homicídio culposo e lesão corporal no trânsito por seis vezes, Rogério (que era réu primário), teve a carteira de habilitação suspensa por 1 ano e 6 meses.

O magistrado deixou claro que após a conclusão do processo, com o julgamento do último recurso, será expedido o alvará de prisão.

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