Terreno destinado a shopping popular é invadido no Macapaba

Espaço fica às margens da BR-210, na zona norte da capital do Amapá.
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Por ANDRÉ ZUMBI

Cerca de 30 pessoas invadiram um terreno em frente ao Conjunto Macapaba, na zona norte da capital. A ocupação começou no fim da manhã desta terça-feira (10), quando os invasores começaram a demarcar lotes na área. O espaço fica às margens da BR-210.

Os ocupantes afirmaram que anteriormente estavam no terreno localizado atrás da Unidade Básica de Saúde (UBS) do conjunto, mas depois de uma reunião com representantes da Secretaria de Mobilização Social do Estado (SIMS), passaram a ocupar o novo terreno.

Poliana de Sousa, de 25 anos, diz morar de aluguel em um dos apartamentos do Macapaba. Desempregada, é mãe de dois filhos e precisa de um lugar pra morar e montar seu próprio negócio.

Ela contou que o local passou a ser ocupado depois que um representante da SIMS informou que o local seria uma área reservada para a construção de um shopping popular.

Invasores demarcam lotes. Fotos: André Zumbi/SN

Lotes já estão demarcados…

… e divididos entre os invasores

Poliana é mãe de dois filhos e invadiu a área porque…

… seu apartamento pegou fogo no ano passado

“Invadi ali do outro lado pra montar um ponto comercial. O representante da SIMS chegou comigo e com outro representante da ocupação, e disse: ‘Poliana, vocês podem entrar lá pra frente porque ali será um shopping pra vocês. Vocês podem ir marcar o terreno que nós nos responsabilizamos’. Agora estamos aqui ocupando. Queremos um lugar para trabalhar”, relatou.

Já Telma Mira, de 53 anos, perdeu o apartamento onde morava e mantinha seu empreendimento no Macapaba. Ele foi consumido por um incêndio, no ano passado. Agora ela mora alugado e precisa de um lugar para voltar a trabalhar.

Telma perdeu o apartamento onde morava e mantinha seu empreendimento no Macapaba

Ocupação começou nesta terça

“O pessoal da SIMS disse que podíamos invadir aqui e que casa um teria seu lote para garantir seu lugar no shopping que eles querem fazer”, afirmou.

A reportagem tentou contato com a SIMS, mas não obteve retorno.

Seles Nafes
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