Por ANDRÉ ZUMBI
Os alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Augusto dos Anjos, localizada no Bairro Laguinho em Macapá, comemoram o excelente resultado na pontuação da redação do Enem.
De acordo com a coordenação pedagógica da escola, foram 22 alunos com notas entre 900 a 960, 51 com notas entre 800 e 880 e sete alunos entre 700 e 780 – de uma pontuação máxima de 1.000. Estes são apenas estudantes que informaram o desempenho, pode ser que haja outros.
O aluno Luiz Felipe, de 17 anos, consegui 920 pontos, que ajudará a pleitear uma vaga no Curso de Direito na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Segundo ele, a preparação na sala de aula e as dicas do professor de redação, sobretudo uma frase que ele sempre repetia para os alunos, foram fundamentais na hora da prova.
“O preparo na sala de aula foi o que me deu confiança e, meio que experiência, para fazer uma boa redação. E tinha sempre uma frase que o professor usava, que quase todos os alunos ficavam repetindo: ‘vocês são capazes, trabalhamos isso o ano todo, vocês estão preparados’. Isso fez toda diferença”, considerou Felipe.
Ranna Araújo, de 17 anos, consegui alcançar 960 pontos. Ela considerou que o hábito da leitura e a facilidade na interpretação de texto foram fundamentais na hora da prova, além, é claro, do preparo nas aulas.
A estudante também afirmou que o professor chegou a disponibilizar um almanaque com as melhores redações dos últimos exames, isso inspirou o processo de construção do texto. Assim como o colega Felipe, ela também tenta uma vaga no Curso de Direito na Unifap.
“Eu compreendi o tema logo de primeira, não tive dificuldade. Também tinha o hábito de ler os espelhos de redação nota mil, que o professor disponibilizava pra gente. Aí, eu conseguia estudar as estruturas, os repertórios e as competências que haviam em uma redação. Eu aprendi a estrutura de uma redação”, afirmou Ranna.
O professor de Língua Portuguesa, Edivar Mota, dá aula para os alunos do 3⁰ ano por meio do projeto Redação Nota Mil. Ele usa o método baseado na cartilha do participante do Enem, publicado anualmente pelo Ministério da Educação. De acordo com essa cartilha, o candidato deve “defender uma tese – uma opinião a respeito do tema proposto –, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual.
“É exatamente isso que eu ensino aos meus alunos. Além disso, eu passo um tema de redação por semana e eles fazem vários simulados ao longo do ano. Convém destacar, também, a importância do repertório sociocultural para uma boa nota na redação. O candidato deve trazer, para a redação, conhecimento de outras áreas, como citações de filósofos, sociólogos, fatos históricos, reportagens, documentários, filmes, séries. Finalmente, eu ensino meus alunos a escrever uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos”, ressaltou o professor.