Ex-funcionário confessa que ‘deu a fita’ a assaltantes fantasiados de garis

Raimundo Santana Campos Júnior, de 27 anos, admitiu que repassou informações e recebeu R$ 500
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Por LEONARDO MELO

No mundo do crime, “dar a fita” significa repassar informações privilegiadas para que criminosos possam elaborar um assalto, por exemplo. Foi o que confessou ter feito Raimundo Santana Campos Júnior, de 27 anos, preso nesta quinta-feira (2) pela Polícia Civil do Amapá. Ele admitiu ter passado a fita para criminosos disfarçados de garis, entre eles uma mulher já identificada. O trio invadiu a residência do ex-patrão de Raimundo para roubar.

O crime ocorreu no dia 25 de janeiro no Conjunto Murici, no Bairro da Fazendinha, e foi filmado por câmeras de segurança do imóvel. Os três criminosos bateram na residência vestidos como garis da prefeitura de Macapá e invadiram a casa.

Sob ameaças, a família entregou celulares, dinheiro e joias. O carro das vítimas também foi usado pelos criminosos para irem ao banco e onde seriam sacados mais valores das contas das vítimas.

Hoje, Raimundo Júnior confessou que recebeu R$ 500 para repassar as informações sobre o imóvel aos assaltantes. Ele foi preso preventivamente a pedido da polícia.

“Ele era funcionário do comércio da vítima. O comércio fica colado à residência. Esse indivíduo relatou que ficou insatisfeito com o patrão por motivos pessoais, e resolveu dizer aos criminosos que na casa havia arma de fogo e objetos de valor”, explica o delegado Vladson Nascimento.

“Disse aos criminosos o que tinha dentro da casa e como entrar. Ele não participou no dia, mas deu a fita. Recebeu R$ 500 depois do crime e depois iria receber mais R$ 500, mas não recebeu”, acrescentou.

Raimundo Júnior confessou ter recebido R$ 500

Delegado Vladson Nascimento pediu a prisão do ex-funcionário

Duquesa

A polícia segue na tentativa de encontrar os assaltantes. A mulher que participou da ação já foi identificada e está sendo procurada. Maria Euclina, a “Duquesa do Crime”, de 25 anos, participou de um assalto com reféns em um sítio em Ferreira Gomes (135 km de Macapá), em março de 2022. No dia do crime, ela transmitiu toda a ação pelo Facebook.

A Polícia Civil ainda não sabe se os uniformes de garis usados no assalto na Fazendinha eram falsos ou se teriam sido desviados da prefeitura. A PMM informou que abriu uma sindicância interna para apurar o possível furto dos uniformes.

Seles Nafes
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