Justiça procura advogado que se apropriou de R$ 120 mil de clientes

Um dos 10 casos foi investigado pela 8º DPC da Polícia Civil do Amapá, que funciona no Ciosp Macapaba. Advogado repetiu o mesmo golpe 10 vezes em Macapá.
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Por ANDRÉ ZUMBI

A Polícia Civil indiciou um advogado que teria se apropriado indevidamente de valores correspondentes a causas ganhas de seus clientes. Agora ele responde a 10 processos pelo mesmo crime.

A polícia calcula que, com as nove ações anteriores somadas ao inquérito enviado à Justiça na segunda-feira (27), ele tenha se apropriado de R$ 120 mil. O acusado não teve o nome divulgado pelas autoridades.

A última vítima foi um homem que processou a empresa onde trabalhava. A justiça deu causa ganha ao trabalhador com ordem de indenização de R$ 15 mil. Deste valor, o empregado receberia cerca de R$ 11 mil e o restante seria para pagar os honorários do advogado.

“Só que, aí, o investigado [advogado] sacou todo o valor do alvará de levantamento, expedido pela Justiça Trabalhista, e não repassou a parte que era da vítima. A vítima chegou a procurá-lo no escritório, mas nunca o encontrava. Até que um dia o escritório fechou”, relatou o delegado que investiga o advogado Leonardo Fabrício Leite, titular da 8ª Delegacia de Polícia da Capital da Polícia Civil do Amapá.

A vítima procurou a delegacia e apresentou o comprovante de resgate do depósito judicial feito pelo advogado. No decorrer das investigações, a polícia descobriu que ele já responde por mais nove ações criminais por apropriação indébita no exercício da função.

Delegado Leonardo Fabrício Leite, titular da 8ª Delegacia de Polícia da Capital, investigou um dos casos

Os agentes fizeram buscas em todos os endereços, mas ele não foi encontrado em nenhum. A justiça, nesses casos, quando o réu não é encontrado, cita-o por meio de edital, mas ele também não compareceu a nenhuma das audiências.

A Polícia chegou procurar a secção da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB-AP) para saber o endereço profissional dele. Contudo, no local fornecido não funcionava mais o escritório. No cadastro nacional dos advogados inscritos no órgão, ele aparece com inscrição regular.

“Se ele ainda atua como advogado, eu não sei afirmar, mas ele pode porque a inscrição está regular”, finalizou o delegado.

Seles Nafes
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