Por ANDRÉ ZUMBI
A Polícia Civil do Amapá apura indícios de fraude no maior sindicato de servidores públicos do Amapá, o Sinsepeap. A investigação é da Divisão Especial de Combate à Corrupção. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira (7), um deles na sede da instituição, no Bairro Central de Macapá.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, cerca de R$ 1,5 milhão podem ter sido desviados com o suposto esquema. Dois diretores são suspeitos, mas os nomes deles não foram divulgados pelas autoridades.
Durante o cumprimento da ordem judicial no sindicato, os policiais apreenderam processos e documentos que podem nortear as investigações.
O delegado Manoel Pacheco, explicou que o valores suspostamente desviados são oriundos de despesas que o próprio sindicato não consegue esclarecer.
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Investigadores cumpriram mandados …
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… e apreenderam processos e documentos. Fotos: Ascom/PC
A denúncia inicial teria partido de um professor que fazia parte da diretoria. O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap) arrecada mensalmente cerca de R$ 250 mil dos 11 mil sindicalizados.
Pacheco informou que há indícios da participação de empresas no esquema. Além disso, há compra de móveis e transferências bancárias também não justificadas.
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Documentação apreendida vai robustecer a investigação
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Delegado Manoel Pacheco: além de diretores, mais pessoas podem estar envolvidas. Foto: André Zumbi/SN
As investigações apontam para crimes que podem ter ocorrido entre 2017 e 2020. A presidente deste período foi reeleita e prossegue à frente da entidade.
“Inicialmente, nós temos dois possíveis envolvidos, que são diretores do sindicato, mas com certeza após a análise dos documentos, podemos identificar o envolvimento de mais pessoas”, disse o delegado.
Até o momento, o crime investigado é de peculato.