Por ANDRÉ ZUMBI
Há quase 3 anos, morria de covid-19 um dos ícones do esporte e da cultura amapaense, Paulo Rodrigues, conhecido por suas fortes ligações com o futebol e com o Carnaval do Amapá. Para homenagear o artista plástico, a viúva Irene Cascaes e seus dois filhos promoveram uma exposição póstuma com as obras de arte.
Contudo, um dos patrocinadores do evento, a Fundação de Cultura de Macapá (Funcult), ainda não pagou o que havia combinado.
A exposição “Amazônia: um olhar para a preservação do magnifico santuário da mãe natureza”, ficou aberta de 10 a 17 de setembro de 2022 no Museu Sacaca.
O evento foi promovido em parceria com a Secretaria de Cultura do Amapá (Secult) que, segundo a viúva, cumpriu com o que havia prometido com o pagamento dos artistas que se apresentaram no evento bem como do palco, som e iluminação.
Irene afirmou que, meses antes da exposição, foi acionada pela Fundação, que deu sinal positivo para a realização do evento, mas até agora nada do acordo foi cumprindo. O valor do apoio seria de R$ 17 mil, para buffet e decoração.
“Já próximo de ser realizado, fomos informados pelo secretário que a prefeitura já não tinha mais recursos, pois tinha gasto tudo com as atrações do Macapá Verão, ao que todos sabem foram shows caríssimos, de fora e que foram pagos de imediato. Informaram-nos ainda que os recursos da exposição seriam pagos logo após a realização do evento. Esse ‘logo’ perdura até hoje”, relatou a viúva.
Ela diz ter sido informada pela Funcult, ainda no ano passado, que o valor já havia sido empenhado para pagamento, mas, até o momento, nada foi pago.
“E sabemos que essa informação não condiz com o que presenciamos nas datas comemorativas, entre as quais Réveillon que tivemos um show de fora, e Aniversário da cidade, onde aconteceu o show da Joelma, que, com certeza, foi pago sem burocracia”, protestou Irene.
Paulo Rodrigues tinha parceria de trabalho com muitos artistas amapaenses. Fez exposições junto com o renomado R. Peixe. Ele morreu em dezembro de 2022, vítima do coronavírus. Na época, era vice-presidente da Federação Amapaense de Futebol (FAF), cargo que dedicou-se por 20 anos.
A reportagem entrou em contato com a Funcult, que até o fechamento desta matéria não havia se pronunciado.