Acusado de estupro e homicídio ‘selvagem’ é condenado a 32,6 anos

Vídeo ajudou a identificado acusado. Juiz entendeu que pena foi necessária em função da selvageria com que ele foi cometido
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Por SELES NAFES

Um dos crimes mais bárbaros já registrados pela cidade de Santana, município a 17 km de Macapá, terminou com a condenação exemplar do principal acusado. O ajudante de pedreiro Márcio Roberto Facundes da Silva Rosa foi condenado a 32 anos de prisão, em regime fechado, pelo estupro e homicídio de uma jovem de 20 anos.

Tainá Barros, de 20 anos, teve o corpo encontrado em um terreno abandonado na tarde do dia 15 de abril de 2017. A área fica a poucos metros do quartel do 4º Batalhão da Polícia Militar. O cadáver da jovem estava sem roupas.

Durante as investigações, a polícia chegou a desconfiar do namorado, mas um vídeo esclareceu tudo. Ele mostra a jovem voltando para casa depois de passar a noite com o namorado. As imagens mostram o momento em que ela cruza com o acusado na rua e passa a ser seguida por ele. Márcio Roberto foi preso dias depois no canteiro de obras onde estava trabalhando. O fato dele mancar numa das pernas (deficiência que lhe valeu o apelido de Coxó), foi determinante para a identificação.

Ao avaliar a pena depois da condenação pelo conselho de sentença, o juiz Almiro Denius, da 2ª Vara Criminal de Santana, analisou as circunstâncias do crime, e concluiu que Márcio Roberto foi extremamente cruel com a vítima.  

Foto da jovem divulgada pela famílias nas redes sociais

Entrada do terreno onde o corpo da jovem foi encontrado na tarde do dia 15 de abril. Fotos: Fernando Santos/SN

Ajudante de pedreiro teve a prisão decretada quatro dias depois

Márcio morava perto da casa vítima

O espancamento de Tainá, após o estupro, foi tão selvagem que houve fraturas na cabeça, nariz e protusão ocular, ou seja, os olhos da jovem saíram do lugar, além de escoriações por quase todo o corpo. Essas características, na opinião do juiz, revelaram “intensa vontade de matar”.

Márcio Roberto foi condenado por feminicídio qualificado por motivo torpe, emprego de asfixia, de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime (estupro). A defesa negou a autoria dos crimes durante todo o processo.

Também pesou na sentença o fato de a morte ter provocado a orfandade de uma criança, filha de Tainá, que na época tinha apenas quatro anos.

Ao todo, Márcio Roberto terá que cumprir 32 anos, seis meses e 29 dias de reclusão. Ele não poderá recorrer da decisão em liberdade.

Seles Nafes
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