Com salto de 50% em 2 anos, Amapá liga alerta para a tuberculose

Médico Paullo Danilo explica sintomas. Em Macapá, tratamento gratuito pode ser feito no CRDT.
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Da REDAÇÃO

Aumentos sequenciais de casos nos últimos dois anos, o Amapá está em alerta para a tuberculose, doença que ataca os pulmões e pode ser transmitida de uma pessoa infectada para outra apenas pela tosse, fala ou espirro.

O Estado contabilizou, em 2022, 400 casos de tuberculose, 60% deles concentrados na capital, Macapá. O número é 49% maior que os 269 casos de 2020, e 17% a mais que os 342 de 2021, ano que também registrou aumento de pessoas tuberculosas: 27% a mais que 2020.

A escalada da doença preocupa as autoridades de saúde, principalmente porque os números poderiam ser ainda maiores caso não fosse reduzida a circulação de pessoas no período, em função da pandemia de covid-19.

Por isto, nesta sexta-feira, 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lembrou que as pessoas devem ficar atentas aos sintomas: emagrecimento acentuado, falta de apetite, cansaço excessivo, tosse com ou sem secreção por mais de três semanas e sudorese noturna.

Procurar atendimento o mais rápido possível é primordial para salvar a vida do paciente infectado. A tuberculose tem cura e possui tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao identificar esses sinais, é preciso buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) para iniciar o tratamento, que é feito à base de antibióticos e pode durar de 6 meses a 1 ano.

Primeiro atendimento deve ser feito nas UBSs. Foto: Ascom/GEA

A depender da situação, o paciente pode ser encaminhado para o Centro de Doenças Tropicais (CRDT), que atende casos mais complexos, como de pessoas que não tiveram diagnóstico fechado ou que que apresentam resistência ao tratamento.

“A tosse nunca vem como um sintoma único, se o paciente apresenta um quadro de tosse superior ao período de três semanas, por si só já é recomendado procurar ajuda médica. É importante que estejamos atentos aos sintomas, para que a doença seja combatida com rapidez, interrompendo o período de contágio”, completou o médico do CRDT, Paullo Danilo.

Após o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente, e em geral, após 15 dias o risco de transmissão da doença é reduzido.

A doença é causada pela bactéria mycobacterium tuberculosis, que se instala nos pulmões. A transmissão acontece pelas vias aéreas, através da eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa.

Seles Nafes
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