Deputada diz que foi estuprada e propõe que crimes sexuais não prescrevam

Parlamentar se emocionou na tribuna ao falar do caso da menina Sarah, que foi estuprada e morta esta semana em Macapá,
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Da REDAÇÃO

A deputada federal pelo Amapá, Silvia Waiãpi (PL), chamou atenção na Câmara dos Deputados durante a sessão desta sexta-feira (17), ao afirmar que já foi vítima de violência sexual.

Na tribuna da Casa, ela chamou a atenção para crimes contra a criança, em especial a violência sexual, e se emocionou ao relatar o caso da pena estudante Sarah Lopes da Costa, de 9 anos, que foi estuprada e morta por estrangulamento em uma área de várzea, na quarta-feira (15), em Macapá.

A barbárie teve grande repercussão no estado e nacionalmente por causa da forma cruel com que foi cometido e das declarações do acusado, Ualefe Oliveira de Souza, de 28 anos, que era primo da vítima.

“Senhores, eu posso escutar, porque um dia eu fui estuprada, posso escutar o gemido e o grito dessa criança pedindo por socorro”, exclamou. Veja o pronunciamento da parlamentar.

Ela também anunciou que vai elaborar e protocolar uma proposta de lei para crimes sexuais não prescrevam mais no país.

Atualmente, no Brasil, o tempo de prescrição para crimes sexuais pode variar de acordo com a gravidade do delito e a idade da vítima. Em geral, a prescrição começa a contar a partir do momento em que a violência é cometida, mas pode ser interrompida em razão de certas circunstâncias, como a instauração de inquérito policial ou a apresentação de denúncia pelo Ministério Público.

Para o crime de estupro de vulnerável o prazo de prescrição é de 20 anos e começa a contar a partir do momento em que a vítima completa 18 anos de idade.

Ualefe Oliveira foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Estado e está no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Barbárie

O crime ocorreu na tarde de quarta-feira (15), em um matagal no Bairro Pedrinhas, na zona sul de Macapá. Sarah Lopes da Costa foi estuprada e morta. O corpo dela foi achado sem calcinha, jogado em meio a um matagal, nas proximidades da casa onde morava com os pais.

A criança não era vista desde as 16h. De acordo com o a polícia, Ualefe aproveitou-se da confiança que tinha por ser primo da vítima e a levou para o final da rua, com a promessa de empinar pipa junto com ela no local. Lá, teria cometido o estupro e depois asfixiado a vítima, estrangulando o pescoço com as próprias mãos até a morte.

Seles Nafes
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