Em Macapá, passarelas poderão ser construídas com ‘madeira plástica’

Material é produzido por uma fábrica de água sanitária do Amapá. Ifap fará estudos sobre aplicabilidade na construção civil
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Por SELES NAFES

Até o fim deste ano, a madeira poderá não ser mais a matéria-prima das passarelas em áreas alagadas de Macapá. Uma parceria entre a empresa Sanazon, prefeitura e Ifap de Macapá pretende viabilizar a utilização de plástico reciclado na construção das estruturas, com enormes vantagens econômicas e ecológicas.  

A parceria foi firmada ontem (14). A ideia é usar a “madeira plástica” fabricada pela Água Sanitária Açucena, indústria instalada no Amapá que processa o lixo do aterro controlado a partir de uma parceria com os catadores de materiais recicláveis, os carapirás.

Durante o encontro no Ifap, o diretor da empresa, Raimundo Capiberibe, mostrou partes de madeira plástica usada como mesas na fábrica da Açucena, e conheceu um banco plástico também desenvolvido pelo instituto.  

Na parceria, o Ifap de Macapá será responsável pelos estudos de aplicabilidade do material com segurança na construção civil. O Instituto Federal possui laboratório e conhecimento acumulado no segmento e vai testar, por exemplo, se o material é inflamável.

“Desse encontro vai sair uma Carta de Intenção, onde a prefeitura e empresa vão solicitar o apoio do Ifap para o desenvolvimento da pesquisa. Vencida essa etapa é cair em campo e avançar nos estudos”, destacou o diretor-geral do Ifap, Marlon Nascimento.

Raimundo Capiberibe conhece banco de plástico reciclado desenvolvido pelo Ifap…

..e apresenta painéis usados na fábrica e que podem substituir a madeira das passarelas

O secretário de Zeladoria Urbana, Helson Freitas, deixou claro que a prefeitura tem total interesse.

“Só em 2022 a foram construídos 100 km de passarela de madeira vegetal. Tendo a viabilidade econômica de se fazer passarelas de madeira de plástico com toda certeza haverá interesse do município em adquirir esse tipo de material. Esse é o futuro”, destacou o secretário.

Raimundo Capiberibe acredita que o Amapá esteja produzindo este tipo de material no máximo até o fim do ano.

“Nossa empresa tem a estrutura, o Ifap o conhecimento científico e a prefeitura os recursos necessários para colocar Macapá na lista das cidades que colocam em pratica a palavra sustentabilidade”, concluiu.

Seles Nafes
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