Estudante de Macapá que sonha ser cientista conquista vaga em universidade de ponta

Desde os 11 anos, Clarice disputa competições de física e astronomia. Foto: André Zumbi
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Por ANDRÉ ZUMBI

Uma estudante macapaense de 16 anos, que sonha ser cientista, foi aprovada no Curso 51, o mais concorrido na Universidade de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Com a aprovação, ela tem a possibilidade de escolher a formação na área da engenharia física, física, física médica, física biomédica, matemática, matemática aplicada e computacional. A adolescente vem colecionando medalhas em competições de conhecimento desde os 11 anos.

Clarice Carvalho, que completa 17 anos em abril, já traz na bagagem experiência de quem sabe o caminho que quer seguir. Ela afirma: “quero ser cientista e professora”.

Clarice Carvalho conta que quer ser cientista. Foto: arquivo pessoal

Aluna de escola privada na capital amapaense, ela começou a competir em eventos científicos ainda no sexto ano. A primeira competição foi a Olímpiada Brasileira de Astronomia (OBA), em 2016, onde garantiu a medalha de bronze. Em 2021, disputou o Canguru de Matemática e também conquistou bronze.

De volta à OBA, em 2021, quando cursava a 2ª série do ensino médio, ela foi medalha de ouro e em 2022, na mesma disputa, foi medalha de prata. Além das medalhas, a adolescente tem menções honrosas por bom desempenho em competições norte e nordeste de química nos anos de 2021 e 2022.

Jovem mostra medalhas conquistadas em eventos científicos

A estudante ainda foi aprovada no curso de arquitetura da Universidade Federal do Pará (UFPA), e ficou em segundo lugar no curso de ciência da computação da Universidade Federal do Amapá, onde ela pretende estudar.

Clarice explicou que não teve permissão dos pais para morar em outro estado devido a pouca idade. Mas garantiu que isso não será o empecilho para galgar chegar ao objetivo almejado.

“Eu vou cursar a Unifap, e como plano futuro eu quero prestar vestibular na Unicamp para fazer o curso 51, que junta todas essas áreas e a partir de um certo ano a pessoa escolhe se vai pra área da física, engenharia física, engenharia medica, matemática e matemática computacional”, disse em tom de entusiasmo.

Clarice foi aprovada em diferentes universidades

Clarice considerou que estudar em escola particular facilitou muito o acesso a informações que a fizeram chegar ao resultado atual. Disse que as escolas devem informar seus alunos quanto a possibilidade de ingressarem em universidades como a Unicamp, assim como ela teve, por meio de competições como essas.

“Acredito que capacidade todos temos, mas é preciso incentivo por parte das escolas públicas e do governo, já que muitos não sabem da possibilidade de entrar por vaga olímpica, por isso a informação é muito importante”, finalizou.

O curso 51 foi criado em 1994, com objetivo de permitir maior flexibilidade de escolha dos alunos e proporcionar uma alternativa de entrada na Unicamp.

Seles Nafes
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