Por ANDRÉ ZUMBI
Organizações Não Governamentais que ajudam pacientes com câncer no Amapá se uniram e formaram uma federação. Um dos principais objetivos da nova instituição é construir um hospital de câncer que atenda crianças e adultos em Macapá.
Muitos pacientes com câncer, principalmente aqueles que precisam de radioterapia, braquiterapia e outros tratamentos mais específicos, ainda são obrigados a buscar ajuda em outros estados.
O Amapá disponibiliza apenas a quimioterapia para adultos. E a única unidade disponível não dá conta da demanda. O problema fica mais grave quando os doentes são crianças e adolescentes.
É nessa necessidade de tratamento adequado que as ONGs deram origem à Federação Amapaense de Organizações Contra o Câncer (FEAPOC), fundada nesta quarta-feira (8). A cerimônia de assinatura da ata de constituição aconteceu na sede do Instituto Joel Magalhães (Ijoma), no Bairro Santa Rita, região central de Macapá.
A Federação é composta por cinco instituições: Carlos Daniel, Ijoma, Garotinhas Solidárias, Associação de Prevenção do Câncer de Santana e Casa de Apoio Nosso Lar.
Segundo Agenilson Silva, presidente da Carlos Daniel, a FEAPOC foi criada para assegurar os direitos dos pacientes oncológicos.
“É bem melhor você unir força para lutar do que lutar sozinho. É uma união que vai colher muitos frutos para melhorar a oncologia no Amapá, que precisa urgentemente”, considerou.
A primeira presidente Federação é a assistente social Lucia Damascenos. Ela falou da principal bandeira de luta, o hospital oncológico.
“Esse é um movimento de resistência que visa trazer o tratamento de câncer para o Amapá. Nossa primeira luta é o hospital de câncer equipado para quimioterapia, radioterapia, braquioterapia, hormonioterapia, que não têm no estado”, enfatizou a presidente.