Infestação de barbeiros assusta moradores na zona norte de Macapá

Insetos estão invadindo casas dos moradores no Bairro Infraero 2.
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Por ANDRÉ SILVA

Uma infestação do inseto barbeiro preocupa moradores do Bairro Infraero 2, na zona norte de Macapá. Eles disseram já ter entrado em contato com a Vigilância Sanitária do município, mas as equipes ainda não foram ao local até esta quinta-feira (23).

Os moradores relataram que os insetos costumam aparecer em maior número depois de uma chuva ou quando as temperaturas estão altas.

O problema se concentra na Avenida Maria Cavalcante de Azevedo Picanço, com Rua Ubiraci de Azevedo Picanço, mas já começa a se espalhar para outros logradouros.

A costureira Maria Tavares Vilhena, de 76 anos, mora no local há 16 anos. Na casa dela, funciona um ateliê. Lembrou que, há alguns anos, o ex-genro contraiu doença de chagas, que tem como transmissor o barbeiro. Nas últimas duas semanas, ela já capturou cerca de 20 insetos e os colocou dentro de um pote de vidro.

A costureira Maria Tavares Vilhena coloca num pote…

… os insetos que captura na sua casa e ateliê. Fotos: André Silva/SN

“A gente tem criança aqui em casa e tem clientes que até se afastam daqui, com medo. A gente já acionou a Vigilância, mas ninguém veio. Precisamos que alguém faça alguma coisa. Uma vez ou outra, a prefeitura vem limpar nossa rua, mas nunca asfaltaram. Acho que os bichos vêm daí”, presume a moradora.

O artesão de coldre, Cleber Miranda, mora no local há 14 anos e nunca tinha visto situação como esta. A esposa dele chegou a buscar informações no município sobre como resolver o problema, mas acabou decepcionada.

Moradores da Avenida Maria Cavalcante de Azevedo Picanço desconfiam…

… o matagal favorece a proliferação dos barbeiros

Cleber Miranda: “Até esse mato alto, aí, ajuda a acumular esses bichos”

“Eles disseram que os agentes de endemias não podem resolver essa situação porque não faz parte do campo de atuação deles. Eles só ajudam na prevenção de doenças, como a dengue. Ligamos para a vigilância do município, mas ninguém veio. Até esse mato alto, aí, ajuda a acumular esses bichos”, reclamou o artesão.

Chagas no Amapá

A preocupação dos moradores é que haja um contágio da doença de chagas naquela região. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Macapá para obter dados das notificações da doença em 2022, mas não obteve resposta.

Segundo o MS, em 2021 houve 42 notificações, 840% a mais que em 2020, em Macapá

Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, mostram que em 2021 houve 42 notificações, 840% a mais que em 2020, quando foram 5 notificações apenas. Vale lembrar que em 2020, o Amapá vivia o pico da pandemia de Covid-19.

Seles Nafes
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